Rio
Guerra contra o “Gatonet”: operação combate monopólio do Comando Vermelho
Ao todo, 15 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em endereços no Rio, Duque de Caxias, São Gonçalo e Cabo FrioA Polícia Civil iniciou, nesta terça-feira (24), uma megaoperação para desarticular um esquema criminoso que monopolizava, de forma violenta, o serviço de internet em comunidades da capital e de outros municípios do estado.
Ao todo, 15 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em endereços no Rio, Duque de Caxias, São Gonçalo e Cabo Frio. Segundo as investigações, a facção criminosa Comando Vermelho atuava em parceria com empresas clandestinas para controlar o mercado de internet.
Ao menos três pessoas foram conduzidas e prestam depoimento à polícia sobre as investigações que envolvem a operação Cabo de Guerra. Entre os alvos, estão empresários e funcionários de operadoras clandestinas.
Também foram apreendidos diversos equipamentos eletrônicos, além de cabos de rede, fios de telefonia e transmissores.
Na chegada dos policiais, tiros foram disparados contra as equipes, mas nenhum agente foi atingido. O confronto começou quando os policiais acessavam a comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão.
Como funcionava o esquema?
De acordo com a Polícia Civil, os provedores ilegais, com apoio logístico da facção, forçavam moradores e comerciantes a contratar seus serviços. As táticas incluíam sabotagem de redes concorrentes, furto de equipamentos e até ameaças físicas.
Um dos flagrantes mais graves ocorreu em Jardim Primavera, em Duque de Caxias, onde operários foram filmados destruindo cabos de empresas regulares. As ações foram atribuídas a empresas como Inovanet Telecom, Networking Telecom e S1 Telecom, que operava comercialmente como Fibra Rio.
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Na Praça Seca, Zona Oeste do Rio, a Fibra Rio também foi flagrada impondo exclusividade de forma forçada, usando veículos para intimidar e impedir a atuação de concorrentes. Durante a operação, um depósito clandestino foi encontrado com equipamentos furtados e peças automotivas de origem suspeita. Parte da frota usada pelos criminosos era adquirida em leilões de seguradoras, o que dificultava o rastreamento.
Quais crimes estão em investigação?
Segundo a polícia, o grupo tinha uma estrutura organizada, com divisão de funções entre operação técnica, sabotagem, logística e controle territorial. Os envolvidos podem responder por crimes como organização criminosa, perturbação de serviço de telecomunicações, receptação e lavagem de dinheiro.
A ação foi coordenada pela Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) e pela 21ª DP (Bonsucesso), com apoio da CORE e de outras unidades especializadas.