"Morte agônica e sofrida", diz perito sobre Juliana Marins - Super Rádio Tupi
Conecte-se conosco
x

Rio

“Morte agônica e sofrida”, diz perito sobre Juliana Marins

Laudo revela que Juliana Marins permaneceu viva por mais de um dia após cair em montanha e só morreu 32 horas depois do acidente inicial

Publicado

em

Compartilhe
google-news-logo
Juliana Marins - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (11) trouxe detalhes dolorosos sobre a morte da publicitária Juliana Marins no Monte Rinjani, na Indonésia. Segundo os peritos envolvidos na investigação, Juliana sobreviveu por cerca de 32 horas após a primeira queda ocorrida na trilha.

A estimativa foi feita por meio de análises entomológicas, que identificaram larvas no couro cabeludo da vítima. Com base na biologia desses insetos, os especialistas determinaram que a morte ocorreu por volta das 12h15 (horário local) do dia 22 de junho.

Como foi a sequência de quedas que levou à tragédia?

De acordo com a perícia, a jovem caiu inicialmente por aproximadamente 220 metros em uma área acidentada, escorregando por 61 metros até atingir um paredão de rocha e areia. Após esse ponto, Juliana teria escorregado mais 62 metros antes de sofrer a queda fatal.

Juliana Marins. Foto: Reprodução / Instagram

“Foi uma morte agônica, hemorrágica, sofrida”, disse o perito Nelson Massini, ressaltando que Juliana pode ter sofrido uma grave lesão na coxa logo na primeira queda.

A irmã da vítima, Mariana Marins, relatou que Juliana ainda foi vista com vida às 7h51 do dia 21 de junho por uma turista espanhola. Segundo ela, a publicitária conseguiu gritar por socorro.

Quanto tempo Juliana esperou por ajuda?

O último registro de Juliana viva foi feito por um drone às 6h59 do mesmo dia. O acidente ocorreu às 17h do dia 20 e o primeiro chamado de socorro só foi realizado duas horas e vinte minutos depois. A equipe de resgate, por sua vez, demorou quatro horas para deixar a base do parque.

LEIA TAMBÉM:

A autópsia feita no Brasil confirmou que a causa da morte foram múltiplas fraturas provocadas pela queda de grande altura. No total, Juliana caiu cerca de 650 metros.

Para a irmã da vítima, o que mais pesa é saber que ela poderia ter sido salva.

“Agora que temos o laudo, vamos pensar no que fazer a partir de agora”, declarou Mariana durante a coletiva de imprensa.