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Marcas ganham destaque com coleções inclusivas que conquistam
Coleções inclusivas aumentam lucros, representatividade e engajamento
O debate sobre a representação de diferentes tipos de corpos nas coleções de moda cresce a cada ano, especialmente por causa de marcas como Victoria’s Secret e Rihanna com sua linha Fenty. Quando grifes destacam silhuetas variadas nas passarelas e araras, pessoas de perfis diversos se reconhecem e sentem-se respeitadas. Consequentemente, essa identificação aproxima consumidores da indústria da moda, pois enxergam no vestuário algo possível e real.
Ao valorizar uma pluralidade de formas e tamanhos, as marcas reduzem padrões inalcançáveis de beleza. Assim, a moda deixa de impor regras rígidas e começa a promover a autoestima. De fato, coleções inclusivas auxiliam na transformação de percepções, estimulam o respeito à individualidade e celebram diferentes histórias de vida. Além disso, nos últimos anos, celebridades e influenciadores também vêm impulsionando discussões sobre aceitação corporal, ampliando o alcance desse movimento.
Exemplos concretos desse movimento são vistos em marcas como a Feline e a C&A. A Feline, marca paulista de beachwear, passou a adotar campanhas com modelos de diferentes corpos e expandiu sua grade de tamanhos após solicitar feedback de suas clientes, tornando-se referência na inclusão no segmento moda praia. Já a C&A, gigante do varejo, investe em campanhas que mostram corpos reais e lança coleções com numerações tradicionais e plus size, reforçando, portanto, o compromisso com a diversidade e a identificação de um público mais amplo.
Como coleções inclusivas beneficiam consumidores e marcas?
O desenvolvimento de coleções inclusivas garante vantagens claras tanto para o público quanto para as marcas. Para o consumidor, roupas que realmente vestem diferentes medidas e estilos reduzem frustrações e promovem, acima de tudo, a conexão com a marca. Quem se identifica com o que encontra tende a tornar-se fiel, fortalecendo a relação de confiança.
Para o setor de moda, ampliar o público estimula, por conseguinte, o crescimento do mercado. Marcas que adaptam suas coleções demonstram sensibilidade social e multiplicam as oportunidades de negócio. Além disso, atender aos desejos de consumidores diversos repercute em reputação positiva e maior competitividade. Além do mais, companhias que apostam na inclusão frequentemente recebem destaque na mídia e aumentam seu engajamento nas redes sociais.

Quais desafios a indústria enfrenta para criar coleções realmente inclusivas?
Embora empresas já tenham tomado iniciativas de inclusão, muitos desafios persistem. Em primeiro lugar, criar modelagens e produzir diferentes tamanhos com o mesmo entendimento de caimento, conforto e design exige investimento em pesquisa e desenvolvimento. Dessa forma, as marcas precisam priorizar esse cuidado para garantir que o produto final alcance altos padrões de qualidade para todos.
Além disso, mudanças culturais dentro das equipes também se mostram fundamentais. Para lançar coleções autênticas, profissionais de criação, vendas e comunicação precisam olhar atentamente para a diversidade dos corpos. Por isso, inovar e capacitar tornam-se ações essenciais para diminuir barreiras e criar ambientes verdadeiramente inclusivos.
Quais iniciativas podem ampliar a inclusão na moda?
Diversas ações hoje contribuem para coleções mais plurais. Por exemplo, a contratação de modelos de diferentes biotipos para campanhas e desfiles dá visibilidade a corpos antes negligenciados. O público, desse modo, percebe claramente que a moda reserva espaço para todos, e sente-se mais acolhido quando se enxergar nas vitrines e campanhas.
Ainda, ouvir consumidores por meio de pesquisas e canais de atendimento se mostra crucial para entender necessidades individuais. Marcas que mantêm o diálogo criam modelos alinhados aos desejos da clientela. Como resultado, essa aproximação aumenta as vendas e incentiva a diversidade, enquanto estimula a fidelização de públicos tradicionalmente esquecidos.
@ellebrasil Diversidade de corpos na #SPFWn55 por Chames Oliveira #fashiontiktok #spfw #runway #bodydiversity #bodypositive #passarela #fashion #ellebrasil ♬ som original – ellebrasil
Como a comunicação impacta a percepção de coleções inclusivas?
A comunicação ocupa papel central na promoção e fortalecimento de coleções inclusivas. Campanhas que mostram corpos variados de maneira respeitosa geram empatia e representatividade. De igual forma, conteúdos de moda que investem em linguagem acolhedora e imagens realistas criam conexão genuína com o público.
Além disso, mensagens que valorizam a individualidade ajudam a combater estigmas e padrões excludentes. Campanhas autênticas contribuem para mudar mentalidades, indo além das vitrines e influenciando a sociedade. Por isso, comunicar de forma responsável se torna tão importante quanto desenvolver produtos inclusivos.
Quais tendências indicam o futuro das coleções inclusivas?
Nos próximos anos, a personalização deve ganhar ainda mais espaço na indústria. O uso de tecnologia, nesse sentido, permitirá criar peças sob medida e adaptáveis para diferentes perfis, melhorando significativamente a experiência dos consumidores. Com isso, coleções inclusivas ficam ainda mais acessíveis e abrangentes.
Além do mais, o movimento de colaboração entre marcas, estilistas e coletivos engajados em representatividade segue crescendo. Essa troca de experiências impulsiona a inovação e estimula projetos pensados para todos os públicos. Diante desse cenário, o futuro aponta para uma moda mais democrática, onde coleções refletem a riqueza e a diversidade dos corpos no Brasil e no mundo, inspirando cada vez mais iniciativas dentro e fora das passarelas.