Rio
Dispositivo militar anti-drone é encontrado em operação no Rio
Dispositivo de guerra capaz de derrubar drones foi localizado pela PM e Anatel no sótão de uma casa na comunidade de AcariPela primeira vez no estado do Rio de Janeiro, um equipamento anti-drone de uso militar foi apreendido pela Polícia Militar, durante uma operação na comunidade de Acari, Zona Norte da capital. A ação foi realizada nesta quinta-feira (17) por agentes do 41º BPM (Irajá) em conjunto com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
O dispositivo, chamado Anti-Drone Interceptor, foi localizado em pleno funcionamento no sótão de uma residência, com uma estrutura equipada com antena e tecnologia de alto nível. Utilizado em cenários de guerra, o equipamento é capaz de neutralizar, bloquear e até derrubar drones a longa distância.
O que o equipamento anti-drone fazia na comunidade de Acari?
Segundo especialistas, o dispositivo operava com um raio de alcance de até 7 quilômetros, impedindo o uso de drones não apenas dentro da comunidade, mas também nas margens das principais vias da região. A suspeita é que o aparelho era utilizado por grupos criminosos para evitar sobrevoos policiais e monitoramento aéreo.
Coordenada pelo setor de inteligência do 41º BPM, a operação teve como um de seus focos o bloqueio de transmissões ilegais, e contou com apoio técnico da Anatel para detectar o sinal do equipamento.

Além do anti-drone, o que mais foi apreendido na ação?
Na região conhecida como Fim do Mundo, também em Acari, cinco suspeitos foram detidos. A operação resultou ainda na apreensão de:
- 1 fuzil
- 1 carregador
- 5 rádios transmissores
- 1 granada
O equipamento militar anti-drone foi encaminhado para a Delegacia da Polícia Federal, na Praça Mauá, devido à sua natureza restrita e potencial de interferência em comunicações aeronáuticas e civis. Já os suspeitos e demais materiais foram levados para a 39ª DP.
As autoridades destacaram que o uso desse tipo de tecnologia por organizações criminosas representa um nível avançado de enfrentamento ao poder estatal, exigindo novas estratégias de inteligência e cooperação entre forças policiais e agências reguladoras.