Oruam é investigado por tentativa de homicídio contra delegado

O rapper Oruam, que está preso desde a semana passada, é agora investigado por tentativa de homicídio contra um delegado e um policial civil. A informação foi publicada inicialmente pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo g1. A defesa do artista, cujo nome de batismo é Mauro, afirmou que “não atentou contra a vida de ninguém” e que os fatos serão esclarecidos no processo.

O caso teria ocorrido durante uma ação policial em que um menor de idade conseguiu fugir após o delegado Alexandre ser atingido por duas pedras. O incidente foi citado como parte da justificativa para o novo inquérito aberto pela Polícia Civil.

Por que Oruam está sendo investigado por tentativa de homicídio?

Segundo as autoridades, o ataque com pedras teria possibilitado a fuga de um adolescente conhecido como Menor Piu, que mais tarde se entregou à polícia. Ele é apontado como um dos maiores ladrões de carros do Rio e segurança de Edgar Alves Andrade, o “Doca”, chefe do Comando Vermelho e líder do Complexo da Penha.

Oruam já havia sido indiciado por sete crimes, incluindo tráfico de drogas, associação para o tráfico, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. Agora, a tentativa de homicídio contra agentes de segurança é alvo de nova investigação.

Qual foi a decisão da Justiça sobre a prisão de Oruam?

Na última quarta-feira (23), a Justiça do Rio manteve a prisão preventiva do rapper. Durante a audiência de custódia, a juíza Rachel Assad da Cunha destacou que o foco da audiência era verificar apenas a legalidade da prisão e possíveis maus-tratos — não sendo possível rever decisões judiciais anteriores. Como não foram encontrados indícios de ilegalidade, o mandado foi considerado válido.

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) classificou Oruam como um preso de alta periculosidade, no nível 3 de 4, o que reforça a gravidade com que as autoridades tratam o caso.

O que diz a defesa de Oruam sobre as acusações?

A equipe jurídica do cantor criticou a abertura de novo inquérito, alegando que os fatos “já estavam apurados em outro flagrante”. Segundo a defesa, o resultado pericial da lesão sofrida por um dos policiais não indicou risco à vida, o que torna “perplexa” a investigação por tentativa de homicídio.

Ainda de acordo com a nota, os advogados afirmam que Mauro não atentou contra a vida de ninguém, e esperam esclarecer os fatos no curso do processo.