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Tarifaço dos EUA ameaça exportações e empregos no estado, diz Firjan

Federação destaca ameaça às exportações, empregos e receitas em 48 municípios fluminenses após anúncio de tarifa de 50%

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Donald Trump. Créditos: depositphotos.com / thenews2.com1

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) manifestou, nesta quarta-feira (30), grave preocupação com a implementação das novas tarifas comerciais dos Estados Unidos contra o Brasil. A medida, formalizada em ordem executiva pelo governo americano, prevê a aplicação de uma tarifa transversal de 50% sobre importações originadas do Brasil a partir do dia 6 de agosto de 2025, com poucas exceções.

Segundo a Firjan, o tarifaço deve impactar diretamente a pauta exportadora fluminense, especialmente nos setores que não integram as listas de exceção, como a de óleos brutos de petróleo. A entidade destaca que a indústria de Petróleo e Gás representa cerca de 60% das exportações do estado para os EUA e emprega diretamente 40 mil pessoas.

Quais os riscos imediatos para o setor industrial fluminense?

Dados levantados pela Firjan apontam que 48 municípios do estado exportaram para os EUA em 2024 e estão sob risco com as novas tarifas. Em consulta realizada com empresários da base industrial, 60% afirmaram esperar impactos significativos em seus negócios no curto prazo, incluindo queda de receitas, aumento de custos e redução nas exportações.

A federação também expressa preocupação com o emprego, já que 42% dos entrevistados temem cortes nos postos de trabalho nos setores mais afetados.

Os EUA são realmente um parceiro tão relevante para o Brasil?

Sim. Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China, e líder em investimentos estrangeiros diretos no país. Em 2024, o comércio bilateral registrou superávit de US$ 7 bilhões para os americanos. A Firjan destaca que esse histórico de relações econômicas sólidas contrasta com as medidas unilaterais adotadas pelo governo norte-americano.

As tarifas sobre produtos de aço e alumínio, por exemplo, seguem em vigor e continuam como ponto crítico na agenda comercial entre os dois países.

Quais soluções estão sendo sugeridas pela Firjan?

A federação defende a intensificação imediata da atuação diplomática e paradiplomática, incluindo o envolvimento de governos locais, setor produtivo e entidades internacionais. O objetivo é buscar uma solução negociada e célere que mitigue os efeitos econômicos e sociais das novas tarifas.

A entidade também solicita atenção especial do governo federal para salvaguardar os setores estratégicos da economia nacional e preservar empregos e competitividade das indústrias fluminenses.