Polícia prende PM e criminosos por atentado contra cabo em Paraty

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta quinta-feira (31), uma operação contra os envolvidos no atentado contra um policial militar, ocorrido em junho deste ano, em Paraty. A ofensiva teve como alvos os executores e um PM acusado de facilitar o ataque ao colega por meio do repasse de informações à facção criminosa.

Segundo a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), responsável pela investigação, foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão, com apoio da 166ª DP, 167ª DP e da Polícia Judiciária Militar da SEPM.

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O crime ocorreu no dia 17 de junho de 2025, quando um Cabo da 2ª CIPM foi atacado ao chegar em casa. Os criminosos usaram um veículo e dispararam diversas vezes, inclusive com fuzil. O policial reagiu e sobreviveu ao ataque, mesmo com a intensidade dos disparos.

A investigação revelou que a ação foi premeditada e envolveu integrantes do tráfico local. O mandante foi identificado como João Pedro Ferreira Francisco, conhecido como “BMW”, que já estava preso. Outros envolvidos são Jefereson do Espírito Santo Martins (“Jota”), Gabriel Rodrigues Sousa (“Martelinho”), Gabriel Jardes Lopes (“GB”), Luiz Felipe Veloso Fraga (“Zóio”) e um adolescente infrator, que confessou o crime.

PM é acusado de colaborar com crime

Um dos fatos mais graves apurados pela DRE foi a participação do policial militar Jadson Cabral Furtado, conhecido como “Barcelona”, lotado na mesma unidade da vítima. Ele é acusado de vazar informações estratégicas sobre a rotina do colega para os criminosos, facilitando o plano de execução. Em troca, recebia pagamentos regulares da facção criminosa.

Durante a operação, “Barcelona” foi preso em Paraty, assim como “GB”. Também foram capturados “Jota”, “Martelinho” e “BMW”. O único que permanece foragido é Luiz Felipe Veloso Fraga, o “Zóio”.