Justiça aceita denúncia, e MC Poze responderá por tortura em liberdade

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público contra MC Poze e outras seis pessoas por tortura e extorsão mediante sequestro do ex-empresário Renato Medeiros. Apesar da gravidade da acusação, o pedido de prisão preventiva foi indeferido pela 11ª Vara Criminal da Comarca da Capital, que determinou que os réus respondam em liberdade.

Agora, Poze e os demais acusados têm 10 dias para se manifestar oficialmente no processo. Além dos sete réus por tortura, outros três foram denunciados por falso testemunho.

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O que diz a denúncia contra MC Poze?

De acordo com as investigações conduzidas pela 42ª DP (Recreio), Renato Medeiros foi agredido com socos, chutes, queimaduras de cigarro e golpes com arma artesanal durante cerca de uma hora e meia. A violência teria sido motivada por uma suspeita — jamais comprovada — de furto de uma joia por parte do ex-empresário.

O Ministério Público sustenta que Poze e seus amigos atuaram de forma coordenada para coagir Renato a confessar o suposto roubo, o que caracteriza, segundo o órgão, o crime de tortura com sequestro.

Por que MC Poze responderá em liberdade?

Mesmo com a denúncia aceita, a Justiça não viu necessidade de prisão preventiva, argumentando que o artista e os outros acusados vinham cumprindo as medidas cautelares impostas há mais de dois anos, sem qualquer descumprimento.

A defesa do cantor, afirmou que o pedido de prisão “não tem fundamento concreto nem atual”, e que MC Poze provará sua inocência durante o processo.

Quem são os réus no caso?

Réus por tortura e extorsão mediante sequestro:

• Marlon Brendon Coelho Couto da Silva (MC Poze)
• Fábio Gean Ferreira da Silva
• Leonardo da Silva de Melo
• Matheus Ferreira de Castilhos
• Maurício dos Santos da Silva
• Rafael Souza de Andrade
• Richard Matheus da Silva Sophia

Réus por falso testemunho:

• Rodrigo da Silva
• Eric José Fernandes da Silva
• Ronnie de Souza

Poze responde a outros inquéritos?

O cantor também é alvo de outra investigação, que apura apologia ao crime e possível envolvimento com o tráfico de drogas. Em junho deste ano, chegou a ficar preso por cinco dias, sendo posteriormente solto mediante medidas cautelares.