Botafogo
E a Eagle? Textor surpreende e transfere SAF do Botafogo para nova empresa no exterior
Acionista norte-americano teve aval do Conselho Deliberativo do clube para fazer transferência
A batalha judicial entre John Textor e Eagle Holding, rede multiclubes, está longe de ter um fim. Desta vez, em novo capítulo dos conflitos, o acionista transferiu a SAF do Botafogo para nova empresa, nas Ilhas Cayman. Para isso, aliás, o dono da Sociedade Anônima de Futebol do Alvinegro deu como garantias todos os ativos da instituição. A decisão da mudança de companhia teve aval em reunião do Conselho Deliberativo, em 17 de julho.
Tal movimento, que possibilita a entrada de 100 milhões de euros a curto prazo, não foi bem aceita pela Eagle. Os empresários da multinacional entraram com pedido na Justiça para que haja bloqueio de todas as ações de norte-americano à frente do Glorioso. A alegação, por exemplo, afirmar que o próprio tomou medidas societárias sem anuência do diretor e advogado escocês Christopher Mallon. Além disso, enfatiza que vários “atos ilícitos” ocorreram nas últimas semanas.

“Se não se impuserem freios, o Sr. Textor continuará a causar irreparáveis danos à Eagle Bidco e ao Botafogo. Sobretudo, por meio da iminente diluição da participação da Eagle Bidco no Botafogo e a concretização de operações complexas e lesivas, com terceiros, em jurisdições estrangeiras”, diz trecho do posicionamento oficial, em oposição ao norte-americano.
Textor e Botafogo x Eagle
Há alguns dias, o cabo de guerra entre as partes também teve momento importante. Afinal, a 3ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) congelou as ações da Eagle na SAF do Botafogo. Ou seja, impedindo que exista qualquer mudança na hierarquia do clube, o que mantém John Textor no comando do futebol. A sentença visa a garantir que a dívida da empresa de 23 milhões de euros (cerca de R$ 152 milhões, nos valores da causa) com o Glorioso seja paga.
A holding, por sinal, não vem bem das pernas financeiramente. Simultaneamente ao Botafogo, gere também o Lyon-FRA e o RDWM Brussels-BEL (antigo Molenbeek). A dupla europeia está passando por apertos econômicos. Os belgas chegaram a cair de divisão no país, enquanto os franceses se afundaram em dívidas, correndo risco até de rebaixamento, segundo as leis da liga local. Mas um recurso judicial fez o time permanecer na elite.
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