Rio
MPRJ denuncia rapper Oruam por manobra perigosa e corrupção ativa
Acusado de “cavalo de pau” na Barra, cantor também teria tentado subornar policial. Pedido inclui proibição de redes sociaisO Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, nesta sexta-feira (8), o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, pelos crimes de direção perigosa com habilitação suspensa e corrupção ativa.
A Promotoria de Justiça junto à 37ª Vara Criminal também solicitou à Justiça medidas cautelares como a proibição do uso de redes sociais durante o processo e a suspensão judicial do direito de dirigir.
Segundo a denúncia, em 20 de fevereiro deste ano, na Avenida do Pepê, na Barra da Tijuca, Oruam teria realizado uma manobra conhecida como “cavalo de pau” em via pública, quase colidindo com uma viatura da Polícia Militar, enquanto exibia a ação para fãs. Ele estava com a CNH suspensa no momento.
Acusação de suborno
Ainda conforme o MPRJ, dias depois do episódio, o rapper publicou um vídeo nas redes sociais no qual admitia ter oferecido vantagem indevida a um policial, sugerindo que o contrataria como segurança caso fosse punido por tirar uma foto com ele.
O caso resultou em prisão no dia do incidente, mas Oruam foi liberado após pagar R$ 60 mil de fiança.
Vídeo mostra momento antes de Oruam ser preso
— Rap Mais (@RapMais) February 20, 2025
Oruam, que dirigia seu veículo, recebeu uma ordem de parada pela polícia. O artista então fez um ‘cavalo de pau’ em frente à viatura, sendo autuado por direção perigosa e levado para a delegacia. pic.twitter.com/DgxCqXlEbU
Outros processos de Oruam
O rapper está preso desde 22 de julho por outro caso, ocorrido no Joá, Zona Oeste, quando teria impedido o cumprimento de um mandado de apreensão contra um menor procurado por tráfico e roubo. Nesse inquérito, virou réu por tentativa de homicídio contra agentes de segurança pública e responde por outros sete crimes, incluindo tráfico de drogas, associação ao tráfico e ameaça.
Lista de crimes pelos quais Oruam responde:
- Tentativa de homicídio
- Tráfico de drogas
- Associação ao tráfico
- Resistência qualificada
- Desacato
- Dano qualificado
- Ameaça
- Lesão corporal

Contexto e defesa
Oruam, cujo nome artístico é “Mauro” ao contrário, é filho de Marcinho VP, chefe da facção Comando Vermelho, preso e condenado por assassinato, formação de quadrilha e tráfico.
Segundo a defesa, a acusação se baseia em “narrativa fragilizada” e não apresenta provas materiais ou periciais concretas da tentativa de homicídio, sustentando que não havia risco real à vida dos policiais.