Saúde
Farmacêuticos do SUS podem aumentar adesão ao tratamento de pessoas com hepatites virais
Entre 2000 e 2023, foram notificados mais de 785 mil casos no país, sendo os tipos B e C responsáveis por 96% dos óbitos causados por essas doenças
As hepatites virais causam cerca de 1,4 milhão de mortes por ano no mundo. No Brasil, a prevenção, o diagnóstico e o tratamento para essas infecções são oferecidos pelo SUS. Ainda assim, elas são um grave problema de saúde pública no Brasil, seja pela dificuldade de acesso aos serviços de saúde, pelo estigma contra as doenças ou pelo longo tempo de tratamento. Nesse contexto, a atuação estratégica dos farmacêuticos nas Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM) pode ser um diferencial.
Pensando nisso, o Ministério da Saúde elaborou o Guia para Atuação Farmacêutica na Promoção da Adesão ao Tratamento das Pessoas com Hepatites virais. A publicação traz orientações para qualificar a atuação de farmacêuticos no SUS, dentro da Linha de Cuidado das Hepatites Virais, com foco na ampliação do acesso, na promoção da adesão ao tratamento medicamentoso e na melhoria dos resultados clínicos das pessoas com hepatites virais.
O documento reconhece a importância estratégica da atuação farmacêutica, sobretudo nas UDM, como agentes fundamentais no acompanhamento de pessoas diagnosticadas com hepatites virais, além da atuação direta em todas as etapas da Linha de Cuidado. O guia foi elaborado pela Coordenação-Geral de Vigilância das Hepatites Virais, do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), com contribuições do Departamento de Assistência Farmaucêtica e Insumos Estratégicos (DAF) da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico Industrial da Saúde (Sectis) por meio do Núcleo de cuidado farmacêutico.