Rio
MPRJ denuncia 22 agentes do Degase por associação criminosa, tortura e rebelião
A Justiça acatou a denúncia, afastou todos os acusados de suas funções e decretou a prisão preventiva de um deles
O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou 22 agentes do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) por envolvimento em uma rebelião ocorrida no dia 5 de novembro de 2019, no Cense Ilha do Governador. A Justiça acatou a denúncia, afastou todos os acusados de suas funções e decretou a prisão preventiva de um deles.
De acordo com as investigações, os agentes incitaram os adolescentes internados a promover destruição e atos violentos dentro da unidade, com o objetivo de dar visibilidade às reivindicações da categoria. Em vez de conter o motim, alguns servidores ligados ao sindicato registraram as cenas de caos, o que, segundo o MP, ampliou os riscos à vida de internos e funcionários.
Entre os denunciados está Thiago Guedes Suzano, conhecido como Suzano, apontado como líder do esquema. Ele foi preso em Nilópolis pela Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) após ordem judicial.

Suzano responde ainda por tortura, já que teria praticado violência física e psicológica contra adolescentes que resistiram ao movimento. Para os promotores, ele tentou manipular depoimentos após os fatos, o que evidencia risco de atrapalhar o processo.
Crimes atribuídos aos agentes do Degase:
- Associação criminosa
- Dano qualificado ao patrimônio público
- Facilitação de fuga de internos
- Tortura (no caso de Suzano)
- Falsidade ideológica (para um dos acusados)
A denúncia foi recebida pela 42ª Vara Criminal da Capital, transformando os 22 servidores em réus.
FAQ – denúncia contra agentes do Degase
Quem denunciou os agentes do Degase?
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio (GAECO/MPRJ).
Quantos agentes foram denunciados?
No total, 22 agentes do Degase se tornaram réus na Justiça.
O que motivou a denúncia?
Segundo o MP, os agentes incitaram uma rebelião para chamar atenção da sociedade e pressionar o governo em prol de reivindicações da categoria.
Quem foi preso no caso?
O agente Thiago Guedes Suzano, conhecido como Suzano, apontado como líder do movimento e acusado também de tortura.
Quais crimes são atribuídos aos servidores?
Eles respondem por associação criminosa, dano ao patrimônio público, facilitação de fuga, tortura e falsidade ideológica.