Esportes
STJD libera jogadores banidos por manipulação
Após dois anos de punição, trio envolvido na Operação Penalidade Máxima está autorizado a voltar aos gramados
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) liberou jogadores banidos por manipulação e reacende o debate sobre integridade no esporte. Dois anos e dois meses depois de serem eliminados do futebol, Ygor Catatau, Gabriel Tota e Romário, pivô da Operação Penalidade Máxima, estão oficialmente reabilitados e prontos para retomar suas carreiras.
Decisão histórica do STJD
A decisão foi tomada de forma unânime pelo Pleno da entidade na manhã desta sexta-feira, no Rio de Janeiro. Os três jogadores compareceram pessoalmente à sede do tribunal e tiveram seus pedidos de reabilitação aceitos após comprovação do pagamento de multas, apresentação de declarações de idoneidade e comprovação de atividade profissional fora do futebol.
Quem são os atletas liberados
Ygor Catatau, ex-Vasco e Sepahan-IR, Gabriel Tota, ex-Juventude e Ypiranga-RS, e Romário, ex-Vila Nova, foram os principais nomes envolvidos na investigação. Romário, inclusive, foi peça central para que a operação viesse à tona, já que aceitou R$ 150 mil para cometer um pênalti em jogo da Série B de 2022.
Ygor Catatau recebeu proposta e vai voltar a jogar futebol defendendo o Volta Redonda, equipe carioca que disputa a Série B do Brasileirão.
Operação Penalidade Máxima
A Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás, investigou um amplo esquema de manipulação de resultados para apostas esportivas. Ao todo, 16 pessoas se tornaram rés, incluindo sete atletas. O caso gerou um alerta sobre a vulnerabilidade do futebol brasileiro a esse tipo de crime.
Impacto no futebol e mercado
A liberação dos jogadores pode movimentar o mercado de transferências, já que clubes da Série B e até da Série A podem se interessar por reforços com experiência. No entanto, a volta dos atletas também gera polêmica: parte da torcida e de dirigentes defende punições mais rígidas para casos de manipulação.
Repercussão no meio esportivo
Dirigentes e torcedores se dividem. Alguns acreditam que a decisão do STJD mostra que o sistema jurídico esportivo funciona e oferece uma segunda chance. Outros apontam que os atletas mancharam a imagem do futebol e que sua volta pode enviar uma mensagem perigosa a novos jogadores.
O que esperar daqui para frente
Agora reabilitados, os jogadores buscam recolocação no mercado. Segundo especialistas, clubes interessados precisarão avaliar não apenas o desempenho em campo, mas também o impacto de imagem ao contratar atletas envolvidos em escândalos passados.
Integridade esportiva em pauta
O episódio reforça a necessidade de mecanismos mais fortes de prevenção à manipulação de resultados no Brasil. Programas de educação para atletas e sistemas de monitoramento de apostas devem ganhar mais atenção da CBF e das federações regionais.