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Homem que esfaqueou ucraniana em trem revela motivo perturbador na prisão
Decarlos Brown Jr., acusado de assassinar Iryna Zarutska, afirmou da prisão que acreditava estar sendo controlado por “materiais” em seu corpo
O caso do assassinato da refugiada ucraniana Iryna Zarutska, morta a facadas em um trem de Charlotte, na Carolina do Norte, ganhou novos desdobramentos após declarações do suspeito. Decarlos Brown Jr., acusado do crime, afirmou à família, durante ligações feitas da prisão, que acreditava que a vítima estava lendo seus pensamentos.
A irmã do acusado, Tracey Brown, disse em entrevista que reconheceu imediatamente o estado mental do irmão ao assistir às imagens do ataque. Segundo ela, ele sofre de esquizofrenia paranoide e já havia relatado acreditar que o governo implantara um chip em seu corpo.
Veja o momento:
O que Brown disse da prisão?
Em uma conversa telefônica gravada no dia 28 de agosto, seis dias após o assassinato, Brown afirmou que “o material em seu corpo” o teria forçado a atacar Zarutska. Em outro momento, disse que “machucou a mão ao esfaqueá-la” e que não conhecia a vítima nem havia falado com ela antes.
Para Tracey, o irmão parecia estar em surto: ele chegou a acusá-la, junto com a própria mãe, de fazer parte de uma conspiração contra ele e afirmou que ambas estariam sendo traficadas pelo governo.
Histórico de surtos e prisões

A família relata que o comportamento de Brown piorou após sua libertação da prisão em 2022, onde cumpriu pena por roubo à mão armada. Ele não conseguiu manter empregos e passou a ter episódios de agressividade e confusão mental.
Antes do assassinato, Brown já havia sido detido em janeiro, após ligar para o 911 dizendo acreditar que seu cérebro estava sendo controlado por um microchip. Na ocasião, foi liberado mediante fiança.
Familiares se dividem entre medo e apelo
Tracey revelou temer retaliações por ser irmã do acusado, mas pediu que a Justiça considere o histórico de doença mental dele antes de uma eventual condenação à pena de morte. Ela afirmou que Brown buscou ajuda médica diversas vezes, sem sucesso.
A mãe dos irmãos também tentou colocá-lo em uma instituição psiquiátrica de longa permanência, mas não conseguiu por não ter tutela legal.