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Jovem vai se vacinar e descobre que foi dado como morto no sistema de saúde

Erro em registro oficial quase cancelou CPF e comprometeu a vida acadêmica do estudante de medicina

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(crédito: Reprodução/TV Globo e imagem cedida ao Correio Braziliense)

Um erro no sistema do Ministério da Saúde quase virou um pesadelo para o estudante de medicina Matías Roitberg, de 25 anos. Morador do Rio de Janeiro há dez anos, ele descobriu que estava registrado como morto quando tentou acessar sua carteira de vacinação no Centro de Ciências da Saúde da UFRJ.

O caso aconteceu em 4 de setembro, quando Matías e amigos foram ao posto de vacinação da universidade. Ao entregar os documentos, ouviu de um funcionário a pergunta inusitada: “Ah, foi você que morreu, né?”.

Segundo o estudante, que relatou ao Correio Braziliense, o sistema do SUS apontava que ele havia falecido em 2 de outubro de 2023, o que o deixava sem acesso à saúde e às vacinas. Além disso, informações pessoais como o nome do pai e a etnia também haviam sido alteradas.

“Como eu estava registrado como morto, não tinha direito a nada do SUS. Fiquei confuso, sem entender o que estava acontecendo”, relatou.

O que quase aconteceu com o estudante

  • Cancelamento do CPF
  • Perda da vaga na UFRJ
  • Expulsão da universidade
  • Cancelamento da bolsa de pesquisa
  • Bloqueio do apartamento e contas em seu nome

Ainda ao Correio, Matías disse que procurou a Clínica da Família Rocha Maia, onde recebeu a informação de que o erro poderia ter afetado até a Receita Federal. Nesse caso, seu CPF seria cancelado e as consequências seriam irreversíveis. A consulta feita por sua mãe, porém, confirmou que os dados fiscais permaneciam corretos.

Preocupado com possível fraude, ele registrou boletim de ocorrência e acionou a ouvidoria do Ministério da Saúde. Dias depois, em outra unidade de saúde, a Clínica da Família Silva Martins, conseguiu resolver o problema. Bastou apresentar o RG para que a diretora corrigisse os registros, restabelecendo sua condição de “vivo” e ajustando as informações alteradas.

Apesar da solução parcial, Matías ainda aguarda explicações formais do Ministério da Saúde. O registro de óbito indevido teria acontecido em Ataléia, Minas Gerais, município onde ele nunca esteve. Até o momento, a pasta não se manifestou sobre o caso.