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DH conclui que PM que matou jovem em festa junina no Santo Amaro agiu em legítima defesa putativa

Delegacia afirma que policial do Bope reagiu em cenário de tiroteio e correria; caso foi encaminhado ao Ministério Público

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DH conclui que morte de jovem por PM em festa junina foi em legítima defesa putativa
Foto: Reprodução

A Delegacia de Homicídios (DH) concluiu que a morte de Herus Guimarães Mendes, de 21 anos, durante uma festa junina na comunidade Santo Amaro, no Catete, Zona Sul do Rio, ocorreu em um cenário de “legítima defesa putativa” por parte de um policial do Bope.

De acordo com a investigação, o agente atirou acreditando estar se defendendo de traficantes, em meio a uma situação de tiros, correria e ataque com armamento pesado. O termo é usado no direito quando alguém presume agir em legítima defesa, mas essa percepção não corresponde à realidade.

Laudos e câmeras corporais

A Polícia Civil informou que o inquérito comprovou, com base em laudos periciais e imagens de câmeras corporais, que não houve excesso ou ilegalidade na conduta policial. O caso foi encaminhado ao Ministério Público para análise.

Além de Herus, outras cinco pessoas ficaram feridas na ação, que aconteceu em junho, durante um encontro de quadrilhas juninas. O evento reunia grupos de várias regiões do estado e tinha a presença de muitas crianças quando os policiais entraram na comunidade.

Depoimento do policial

O sargento Daniel Sousa da Silva, do Bope, disse em depoimento na 9ª DP (Catete) que foi o único a disparar durante a operação. Segundo ele, os tiros foram uma resposta a ataques de traficantes contra a equipe. A versão contradiz uma nota inicial da PM, que afirmava que os policiais não haviam disparado naquela noite.

Repercussão e mudanças na PM

O caso gerou repercussão imediata. No dia seguinte, o governador Cláudio Castro (PL) exonerou os comandantes do Bope e do Comando de Operações Especiais (COE) e afastou outros 12 policiais.

Três meses depois, Aristheu de Goes Lopes, comandante do Bope na ocasião da operação, foi nomeado superintendente de Gestão Integrada da PM, após o encerramento do inquérito da Corregedoria.

Paralelamente, um Inquérito Policial Militar indiciou dois PMs envolvidos na ação.

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