Rio
Gansos roubando gansos! Aves desaparecem do Parque Guinle e caso vai parar na polícia
O órgão vai investigar o caso, que provocou indignação entre autoridades e moradoresO sumiço de dezenas de aves do Parque Guinle, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, levou a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais a acionar a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. O órgão vai investigar o caso, que provocou indignação entre autoridades e moradores.
“Vamos acompanhar as investigações. Nossas equipes irão ao local para ouvir frequentadores e recolher pistas que ajudem a identificar os responsáveis por essa ação covarde. Esses animais pertencem à cidade. Maltratar animais é crime”, afirmou o secretário Luiz Ramos Filho.
Segundo ele, o caso surpreende pela ousadia. “É difícil acreditar que alguém tenha a ousadia de roubar os pobres dos bichinhos dentro de um parque onde é a residência oficial do governador e fica ao lado da sede do Bope”, disse.

O que já se sabe sobre o desaparecimento
A presidente da Associação de Amigos do Parque Guinle, Cláudia Lustosa, relatou que o desaparecimento vem sendo notado há cerca de um mês. Inicialmente, algumas aves sumiram isoladamente, mas a situação se agravou nos últimos dias.
De acordo com a associação:
- Cerca de 12 aves desapareceram, entre gansos e patos.
- Entre eles, estavam cinco gansos africanos e aves conhecidas pelos frequentadores.
- O caso mais marcante foi o desaparecimento de “Gabriel”, ganso que liderava o grupo, e de “Maria Flor”, ambos muito próximos às crianças que visitavam o parque.
“O parque está bem vazio, e isso nos deixa com sentimentos de tristeza e raiva. Fazemos um trabalho voluntário de cuidado há anos, mas proteger os animais foge do nosso alcance”, afirmou Cláudia.
Mobilização dos moradores
A Ama Guinle, associação formalizada em fevereiro deste ano, é responsável por melhorias no espaço, como instalação de brinquedos e obras de manutenção. No entanto, o desaparecimento das aves trouxe frustração em meio aos avanços.
“É difícil comemorar conquistas quando, ao mesmo tempo, sentimos medo do que pode acontecer a cada madrugada. Esses animais fazem parte da vida do parque”, lamentou a presidente da entidade.