Criador do Telegram relata envenenamento e reviravolta chocante: “Pensei que estava morrendo”

O bilionário russo Pavel Durov, fundador do Telegram, revelou um episódio que quase lhe custou a vida. Em entrevista ao podcaster Lex Fridman na última terça-feira (30), ele contou que, em 2018, foi vítima de um suposto envenenamento praticado por um vizinho.

Segundo ele, o contato com um objeto deixado na porta de casa provocou sintomas graves. “Uma hora depois, quando eu já estava na cama, me senti muito mal. Senti dores por todo o corpo. Tentei me levantar e ir ao banheiro mas, enquanto ia, senti que comecei a perder as funções do meu corpo. Aquele foi o único instante da minha vida em que pensei que estava morrendo”, disse.

“Tudo veio acompanhado de uma dor muito aguda no coração, estômago, em todos os vasos sanguíneos. É difícil explicar. Eu não conseguia respirar, não conseguia ver nada, era muito doloroso. Achei que era meu fim. Pensei: ‘bom, tive uma vida boa. Consegui realizar algumas coisas’. E aí desabei no chão”, concluiu.

Sintomas relatados por Pavel Durov

• Perda temporária da visão e audição
• Dores agudas pelo corpo
• Mal-estar cardiovascular
• Desmaios e fraqueza extrema
• Dificuldade de locomoção por duas semanas

Na época, o Telegram vivia uma fase decisiva de expansão, após levantar mais de US$ 1,7 bilhão em investimentos. Ao mesmo tempo, Durov enfrentava pressões de governos como Rússia e Irã, que tentavam restringir o aplicativo. Por temer impacto nos negócios, optou por manter silêncio sobre o caso.

Apesar da gravidade, o empresário disse que o episódio lhe trouxe uma nova perspectiva: “Na verdade, me senti ainda mais livre depois disso. Depois de sobreviver a algo assim, você sente como se estivesse vivendo um tempo extra. De certa forma, você morreu há muito tempo e cada novo dia que você ganha é um presente”.

A trajetória de Durov, no entanto, seguiu marcada por desafios. Em agosto de 2024, ele foi preso na França sob acusação de permitir atividades criminosas no Telegram, como tráfico de drogas e pedofilia. O impasse judicial durou até março de 2025, quando conseguiu negociar os termos de sua liberdade.