Novo vírus se espalha pelo WhatsApp Web e ameaça usuários no Brasil

Um novo vírus está se espalhando rapidamente pelo WhatsApp Web e colocando em risco a segurança de usuários e empresas. Identificado pela empresa de segurança digital Trend Micro, o malware — batizado de SORVEPOTEL — preocupa especialistas por sua alta capacidade de autorreplicação e ampla disseminação no Brasil.

Segundo a Trend Micro, 95% das infecções registradas ocorrem entre usuários brasileiros, com 477 casos confirmados até o momento. Os setores mais afetados são governo, tecnologia, educação e serviços públicos.

Como o vírus SORVEPOTEL se espalha pelo WhatsApp Web?

O vírus chega às vítimas por meio de arquivos ZIP enviados em e-mails de phishing, geralmente disfarçados de documentos de cobrança ou relatórios médicos. Dentro do arquivo há um atalho (.LNK) que executa um script em PowerShell, responsável por baixar o malware de servidores remotos e instalá-lo no computador.

Uma vez ativo, o SORVEPOTEL se conecta a um servidor de comando e controle (C2), que permite aos criminosos monitorar as infecções e alterar o comportamento do vírus à distância.

O ponto mais crítico é sua capacidade de detectar se o usuário está com o WhatsApp Web aberto. Quando isso acontece, o programa encaminha automaticamente o arquivo infectado para todos os contatos e grupos, multiplicando as infecções em poucos minutos.

Por que o Brasil é o principal alvo?

De acordo com os pesquisadores da Trend Micro, o Brasil concentra a maior parte dos casos devido ao uso massivo do WhatsApp e à alta taxa de compartilhamento de arquivos pela plataforma. Embora o vírus não roube dados pessoais nem criptografe documentos, seu comportamento agressivo pode abrir brechas para ataques mais complexos, como espionagem ou ransomware.

A empresa alerta que o SORVEPOTEL não busca causar danos diretos, mas tem como objetivo permanecer ativo e se espalhar continuamente pelos dispositivos conectados.

Como se proteger do novo vírus do WhatsApp Web

Especialistas recomendam medidas simples, mas eficazes, para reduzir o risco de infecção:

• Desative o download automático de arquivos no WhatsApp Web;
• Evite abrir arquivos ZIP ou links enviados por contatos desconhecidos;
• Mantenha o antivírus e o sistema operacional atualizados;
• Empresas devem restringir o envio de arquivos por mensageiros e oferecer treinamentos sobre phishing.

Essas práticas ajudam a evitar a instalação automática de arquivos maliciosos e fortalecem a segurança digital tanto em casa quanto no trabalho.

Um alerta sobre os novos riscos digitais

O caso do SORVEPOTEL mostra que plataformas populares podem se tornar vetores de ataques cibernéticos. Mesmo sem causar danos imediatos, o vírus explora a confiança entre contatos e demonstra como o cibercrime evolui para explorar hábitos cotidianos dos usuários.

Para os especialistas, o episódio reforça a importância de educação digital e vigilância constante. À medida que as ameaças se tornam mais sofisticadas, a prevenção continua sendo a principal defesa contra golpes e infecções online.