Rio
Policial penal é investigado por criar e enviar dossiê falso sobre autoridades do Rio
Ação da Polícia Civil cumpriu mandado de busca no Rio Comprido; suspeito é investigado por difamação e obstrução de Justiça
O mandado foi executado na residência de Moysés Marques, localizada no bairro do Rio Comprido, na zona central do Rio. De acordo com as investigações, o policial penal é suspeito dos crimes de injúria, difamação e obstrução de Justiça, além de manter vínculos com um grupo interessado na exploração irregular de cantinas em presídios — prática encerrada pela atual gestão da SEAP em 2024.
Marques atuou como subsecretário adjunto da SEAP em 2020 e foi um dos alvos da Operação Hiperfagia, do GAECC/MPRJ, que revelou um esquema de fraudes e superfaturamento de contratos de alimentação no sistema prisional, estimado em R$ 350 milhões.
Na mesma operação, o policial penal Márcio Luís dos Anjos da Rocha também foi alvo de mandado de busca e recebeu multa de R$ 102 milhões aplicada pelo Ministério Público. Rocha já havia sido investigado pelo GAECO por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 100 milhões.
Servidor responde a processos disciplinares na SEAP
Atualmente, Moysés Marques responde a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e a duas sindicâncias internas, sendo uma delas por tentativa de coação a servidores para obter documentos internos e embasar denúncias infundadas contra a gestão atual.
Em nota, a SEAP afirmou que acompanha o caso “com responsabilidade e transparência” e repudia qualquer tentativa de manipulação de informações que busque desestabilizar a instituição. A pasta reforçou ainda seu compromisso com a legalidade, a ética e a transparência na administração do sistema prisional fluminense.