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Lula e Trump se reúnem na Malásia e abrem negociações sobre tarifas e sanções

Após a reunião, Trump afirmou que gosta do Brasil e que acredita em "bons acordos” com o presidente Lula

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Foto: Ricardo Stuckert / PR

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se reuniram neste domingo (26), na Malásia, para discutir as recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros e as sanções aplicadas a autoridades do país. O encontro, que durou cerca de 45 minutos, marcou o primeiro diálogo formal entre os dois líderes desde uma breve conversa durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro.

Segundo Lula, a reunião foi “franca e construtiva”, e resultou na decisão de iniciar imediatamente as negociações sobre o chamado “tarifaço” e as sanções. “Tive uma ótima reunião com o presidente Trump na tarde deste domingo, na Malásia. Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral. Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções”, afirmou o presidente brasileiro.

O que disseram Lula e Trump após o encontro?

Fotos: Ricardo Stuckert / PR

Durante uma breve conversa com jornalistas, Trump afirmou ser uma honra se reunir com Lula e disse acreditar que “bons acordos” poderão surgir das discussões. “Nós vamos discutir [tarifas] um pouco. Nós sabemos que nós nos conhecemos. Nós sabemos o que cada um quer”, afirmou o norte-americano.

Questionado sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, Trump disse “se sentir mal” pela situação enfrentada por ele, mas evitou comentar se o tema seria tratado na reunião. De acordo com um integrante da delegação brasileira, Lula respondeu que o julgamento de Bolsonaro ocorreu dentro do devido processo legal e classificou como injustas as sanções aplicadas a membros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Lula também destacou que não há motivos para desavenças entre os dois países. “Não há nenhuma razão para que haja qualquer desavença entre Brasil e Estados Unidos”, disse o petista, em evento com empresários após o encontro.

Quais são os próximos passos das negociações?

De acordo com o chanceler Mauro Vieira, a reunião foi “muito positiva” e resultou no compromisso de ambos os países de avançar nas tratativas sobre a taxação de 50% aplicada pelos EUA às exportações brasileiras. Vieira informou que Trump determinou à sua equipe o início imediato do processo de negociação bilateral.

“Trump declarou que dará instruções à sua equipe para começar um processo de negociação bilateral, que deve se iniciar hoje ainda – já que é para tudo ser resolvido em pouco tempo”, afirmou Vieira. O governo brasileiro espera que, durante as negociações, as tarifas possam ser suspensas.

Lula propõe ser interlocutor com a Venezuela

Ainda segundo o chanceler, Lula aproveitou o encontro para se colocar como interlocutor entre Estados Unidos e Venezuela. O presidente brasileiro destacou que a América do Sul é uma “região de paz” e se prontificou a atuar em favor do diálogo.

“O presidente Lula disse que a América do Sul é uma região de paz e se prontificou a ser interlocutor, como foi no passado, com a Venezuela, para se buscar soluções que sejam mutuamente aceitáveis e corretas entre os dois países”, relatou Vieira.

Os dois presidentes também combinaram visitas recíprocas: Trump pretende visitar o Brasil, e Lula confirmou que aceitará o convite para ir aos Estados Unidos em breve.

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