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Megaoperação termina com ao menos 64 mortos e apreensão de arsenal de guerra

Ação conjunta das forças de segurança mobilizou 2.500 agentes e resultou na apreensão de quase 100 fuzis e na prisão de 81 suspeitos

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Foto: Reprodução

O governo do Estado do Rio de Janeiro realizou nesta terça-feira (28) a maior operação policial da história fluminense, com a apreensão de 93 fuzis, 81 prisões e a morte de 64 criminosos, incluindo quatro policiais. A Operação Contenção, deflagrada nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte, teve como objetivo cumprir mandados de prisão e desarticular a cúpula do Comando Vermelho (CV).

O governador Cláudio Castro (PL) anunciou que pedirá ao governo federal a transferência imediata de dez lideranças criminosas para presídios federais de segurança máxima. A solicitação ocorre após um relatório de inteligência da Polícia Civil, em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), apontar a continuidade de ordens vindas de dentro das prisões estaduais.

“Estamos enfrentando o crime com rigor, dentro da lei. Quem continuar comandando ações criminosas de dentro das cadeias será isolado e responsabilizado. O Rio de Janeiro não vai tolerar conivência com o crime”, afirmou Castro.

A maior operação da história

A ação mobilizou 2.500 policiais civis e militares, com o apoio do Ministério Público, e foi resultado de mais de um ano de investigações conduzidas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
Durante os confrontos, quatro agentes de segurança morreram e 60 criminosos foram mortos em tiroteios, principalmente nas áreas de mata que cercam as comunidades.

Além das prisões, as equipes apreenderam meia tonelada de drogas e uma quantidade recorde de armamento pesado — 93 fuzis, além de pistolas, granadas e munições de uso restrito.

“A reação dos criminosos mostra que estamos no caminho certo. O Estado não vai recuar até prender as principais lideranças e devolver a tranquilidade à população”, completou o governador.

Uso de câmeras e reforço médico

Cumprindo determinações do Supremo Tribunal Federal (STF) dentro da ADPF 635, todos os agentes utilizaram câmeras corporais portáteis durante a operação.
A Polícia Militar mobilizou ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate, duas aeronaves, drones e 32 veículos blindados para dar suporte ao avanço das tropas.

Planejamento e inteligência

O secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, destacou que a operação ocorreu em uma área de cerca de 9 milhões de metros quadrados, onde vivem mais de 200 mil pessoas.

“É uma área equivalente a dois bairros de Copacabana. A ação foi fruto de um trabalho de inteligência e planejamento para garantir resultados efetivos”, afirmou.

O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, reforçou o papel da inteligência na precisão das investidas.

“Quanto mais inteligência, mais resistência e chance de confronto. Os ataques da facção mostram uma tentativa covarde de tirar o foco da polícia. Nossas equipes agiram de forma estratégica para neutralizar narcoterroristas”, explicou.

O secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes, destacou a quantidade de armamento apreendido.

“Somente nesta operação foram quase 100 fuzis retirados de circulação. Essas armas de guerra eram usadas contra os policiais e contra a população”, disse.

Foto: Gustavo Santiago/Super Radio Tupi

Ações nos presídios e próximos passos

A Secretaria de Administração Penitenciária reforçou a vistoria em unidades prisionais que abrigam líderes do Comando Vermelho e apreendeu celulares e drogas.
Trinta detentos monitorados por tornozeleira eletrônica foram flagrados violando o sistema durante a operação. A Vara de Execuções Penais (VEP) deverá expedir novos mandados de prisão.

O governo do estado informou que as forças de segurança permanecerão nas ruas até a completa estabilização das áreas afetadas, e que o plano de transferência de lideranças para o sistema federal será executado “com urgência e total apoio logístico”.

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