Esportes
MPRJ entra em cena e impõe regras para eleição do Fluminense: “Transparência total”
Acordo exige criação de comissão independente e reacende debate sobre voto online no clube
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) passou a acompanhar de perto o processo eleitoral do Fluminense, que definirá o novo presidente do clube para o triênio 2026–2028. Em uma reunião realizada na última quinta-feira (30), o órgão mediou um acordo entre representantes da situação e da oposição para assegurar transparência e igualdade na condução do pleito.
Como resultado, ficou estabelecido que até o dia 5 de novembro será criada uma Comissão Eleitoral independente, indicada pelo presidente do Conselho Deliberativo e desvinculada da diretoria executiva. O objetivo é garantir que todas as etapas do processo sigam as normas da Lei Pelé (Lei nº 9.615/98) e da Lei nº 14.073/2020, com base nos princípios da isonomia e da publicidade.
A comissão será responsável por definir os locais de votação, viabilizar o acesso ao cadastro de sócios aptos a votar e disponibilizar informações financeiras do clube aos candidatos — tudo em conformidade com a legislação esportiva vigente. A composição da comissão e seus membros deverão ser publicados no site oficial do Fluminense.
O encontro contou com a presença do promotor Rogério Pacheco Alves, dos noticiantes Celso Barros e Rafael Rolim, além dos representantes jurídicos do clube e dos advogados envolvidos no caso. Apesar do avanço nas negociações, não houve consenso sobre a adoção do voto online, um dos principais pontos defendidos pela oposição.
O procedimento aberto pelo MPRJ tem como finalidade garantir a lisura e a transparência do processo eleitoral tricolor, cujo período de inscrições de chapas vai de 1º a 15 de novembro. A votação está prevista para ocorrer entre 16 e 30 de novembro, com tendência de ser realizada no dia 29, último sábado do mês.