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Ex-jogador denuncia negligência de ex-clube: ‘Destruíram meu sonho, agora vivo de pensão até 2035
Ex-atleta relata drama após grave lesão e afirma que o clube não ofereceu o suporte prometido, transformando uma carreira promissora em luta por justiça e dignidade
Nos bastidores do futebol, há histórias que revelam os desafios enfrentados por jovens atletas em suas jornadas rumo ao sonho de se tornarem jogadores profissionais. A trajetória de Kauê, um ex-jogador da base do Corinthians, é uma dessas histórias que expõem as dificuldades além das quatro linhas do campo. No período de 2021 a 2024, Kauê enfrentou uma série de lesões que culminaram em consequências significativas para sua vida pessoal e profissional.
O início de sua carreira no Corinthians foi promissor. Após passagens por clubes como Santos e São Paulo, Kauê assinou contrato com o Corinthians em 2019, ingressando na categoria sub-23. No entanto, em 2021, uma lesão no joelho direito durante um treino marcou o início de um ciclo de tratamentos e desafios médicos. As decisões tomadas durante esse período acabaram moldando o destino do jovem jogador.

Como uma lesão mudou o destino de Kauê?
A lesão inicial de Kauê resultou em diagnósticos de tendinopatia patelar e espessamento fibrocicatricial do ligamento colateral medial. O departamento médico do Corinthians optou por um tratamento conservador, sem intervenção cirúrgica imediata. Contudo, a ausência de melhora levou Kauê a passar por dois procedimentos cirúrgicos, ambos realizados pelo conceituado médico Joaquim Grava.
Apesar das intervenções, Kauê continuou a sentir dores, o que interferiu não apenas em sua vida esportiva, mas também em suas atividades cotidianas. Ele relata dificuldades em tarefas simples, como subir escadas ou dirigir. Essa situação evidencia a importância crítica do diagnóstico precoce e do tratamento adequado em lesões esportivas.
Quais foram os impactos emocionais e psicológicos?
Além dos desafios físicos, Kauê também enfrentou impactos psicológicos significativos. Durante o tratamento, ele foi receitado duloxetina, um medicamento geralmente utilizado para tratar dor crônica e ansiedade. A experiência de passar por um processo de reabilitação sem resultados concretos gerou um estado de frustração e desânimo. O jovem jogador descreveu sentir uma pressão psicológica, com o clube sugerindo que suas dores poderiam ser “coisa da cabeça”.
Esse aspecto ressalta a necessidade de suporte psicológico em paralelo ao tratamento físico para atletas, principalmente quando enfrentam lesões que ameaçam suas carreiras. A combinação de falhas médicas e pressões emocionais pode ter efeitos duradouros na saúde mental dos jogadores.
O que o futuro reserva para Kauê?
Após ser dispensado pelo Corinthians, Kauê tentou retomar a carreira em outros clubes, mas a persistência das dores no joelho finalmente o levou a abandonar o sonho de ser jogador profissional. Atualmente, ele busca recomeçar, planejando uma cirurgia adicional e considerando iniciar uma nova trajetória acadêmica e profissional.
Esta história sublinha a complexidade das lesões no esporte e destaca a importância de um acompanhamento médico efetivo. Além disso, evidencia a resiliência de um atleta que, apesar das adversidades, busca reconstruir sua vida fora dos campos de futebol. A jornada de Kauê serve como um lembrete da fragilidade dos sonhos no mundo do esporte e a importância de se preparar para os desafios que vêm após um imprevisto reviravolta.