Saúde
Quanto custa manter um plano de saúde depois dos 60 anos e o que muda com a nova decisão do STF
Após os 60 manter o plano de saúde é mais difícil financeiramente mas ainda pode ser a escolha mais segura para garantir atendimento rápido.
Manter um plano de saúde após os 60 anos no Brasil representa um desafio financeiro, pois as necessidades médicas aumentam nessa fase, tornando frequentes consultas, exames e tratamentos específicos, o que leva muitos idosos a considerarem a contratação de um plano para garantir um atendimento mais ágil e eficiente.
Por que os custos aumentam após os 60 anos?
O valor dos planos de saúde cresce significativamente para quem tem acima de 60 anos devido ao aumento na procura por serviços médicos. Doenças crônicas e necessidade de acompanhamento regular aumentam as despesas e, consequentemente, o preço das mensalidades.
A escolha entre planos individuais, familiares ou empresariais também impacta diretamente no custo final. Além disso, fatores como localização e tipo de cobertura transformam o preço, que pode variar entre R$ 500 e R$ 2.200 mensais.

Veja quais fatores considerar ao escolher um plano de saúde
A avaliação dos detalhes do plano é fundamental para fazer uma escolha consciente, levando em conta aspectos além do valor. A cobertura deve atender às necessidades mais frequentes da terceira idade.
Abaixo, listamos critérios essenciais na hora de comparar diferentes opções de planos de saúde:
- Inclui especialidades como geriatria e cardiologia?
- Rede de hospitais e clínicas é adequada e próxima?
- Existem prazos de carência ou restrições para doenças preexistentes?
- A cobertura é nacional ou regional?
Conheça a legislação para planos de saúde após os 60 anos
A legislação brasileira prevê proteções específicas para beneficiários dessa faixa etária. Não é permitido reajustar a mensalidade exclusivamente por mudança de faixa após os 60 anos.
No entanto, reajustes anuais e por alterações contratuais permanecem aplicáveis, podendo impactar o valor pago pelo serviço.
Confira no vídeo a seguir o que mudou recentemente na legislação:
@luiza.tella Decisão histórica do STF! Agora é definitivo: nenhum plano de saúde pode aplicar reajuste por idade após os 60 anos — nem mesmo aqueles contratos antigos, assinados antes do Estatuto do Idoso. O Supremo Tribunal Federal decidiu, em outubro de 2025, que a proteção ao idoso deve prevalecer sobre a autonomia contratual. Isso significa que, mesmo que o contrato tenha sido firmado antes de 2003, a operadora não pode aumentar a mensalidade quando o segurado muda de faixa etária após os 60 anos. Segundo o entendimento do STF: “A garantia do ato jurídico perfeito não impede a aplicação do Estatuto do Idoso quando a mudança de faixa etária ocorre após a sua vigência.” Em outras palavras: nenhum contrato pode sobrepor-se ao direito de não ser discriminado pela idade. Se você — ou alguém da sua família — sofreu aumento no plano após os 60, pode buscar na Justiça: ✔️ o afastamento do reajuste indevido ✔️ e a devolução dos valores pagos a mais Essa é uma decisão que reafirma algo essencial: saúde é direito, não privilégio. A advocacia também é sobre cuidado — e proteger o idoso é proteger o futuro de todos nós. Se quiser entender se o seu contrato foi reajustado de forma indevida, procure um advogado de confiança. 📎 Salve este post e compartilhe com quem precisa saber! #PlanosDeSaúde #direitodoconsumidor #direitodoidoso #estatutodoidoso ♬ som original – Luiza Tella
Vale a pena manter o plano ou buscar alternativas após os 60 anos?
Manter um plano pode significar mais segurança e tranquilidade no acesso à saúde para idosos. Entretanto, o impacto financeiro da mensalidade deve ser ponderado frente ao orçamento familiar e às alternativas disponíveis.
Além do plano de saúde, é importante considerar alternativas, como o uso do SUS ou a criação de uma reserva financeira. Essa decisão deve equilibrar necessidades médicas, condições financeiras e o acesso prático aos serviços.