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Golpe: Gonet diz que “investigações escancaram disposição homicida”

PGR afirmou que réus planejavam ataques e mortes de autoridades, incluindo Lula e Moraes

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crédito: Rosinei Coutinho/STF

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou nesta terça-feira (11/11), durante o julgamento do núcleo 3 da chamada trama golpista, que as investigações revelam a intenção homicida do grupo acusado de planejar ações violentas para concretizar o golpe de Estado. Segundo o chefe do Ministério Público Federal, o plano previa ataques a autoridades, entre elas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Foi reconhecida a cadeia dos fatos expostos na denúncia. As investigações escancaram a declarada disposição homicida brutal da organização criminosa”, alegou o procurador-geral durante a sessão. O julgamento marca o início da análise dos réus ligados ao chamado núcleo operacional, apontado como responsável por preparar as ações táticas da tentativa de golpe.

De acordo com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo atuou em duas frentes principais: pressionar o Alto Comando do Exército a aderir ao golpe e articular ataques diretos a autoridades civis e militares que resistissem à ruptura institucional. O núcleo 3 integra o conjunto de acusados que teria colocado em prática os planos idealizados por aliados próximos do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em sua sustentação, Gonet mencionou também as reuniões entre os chamados “kids pretos”, apontadas como momentos decisivos de articulação para buscar apoio entre os comandantes das Forças Armadas. Segundo o procurador, esses encontros foram organizados com antecedência e tinham o objetivo de definir estratégias e assegurar respaldo militar ao movimento.

“A explicação de que alguns amigos se encontraram para fins recreativos se desautoriza diante das provas do que foi efetivamente tratado e decidido na ocasião, com seriedade e minúcias”, destacou Gonet. O procurador acrescentou que há registros escritos sobre os temas debatidos e as medidas a serem adotadas, incluindo a formação de “órgãos” que comporiam um governo paralelo, caso o golpe tivesse sido consumado.

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