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Intuição de mãe existe mesmo? O que a ciência já descobriu sobre esse “superpoder” materno
Pesquisas mostram que mães realmente percebem sinais e emoções que outras pessoas nem notam e isso tem explicação científica.
A ideia de que “mãe sabe das coisas” é frequentemente abordada em rodas de conversa. Muitas vezes, essa afirmação surge em contextos onde mães conseguem perceber mudanças sutis no comportamento dos filhos, pressentir preocupações ou até mesmo adivinhar sentimentos não expressados. Mas a intuição materna tem realmente uma base científica ou é apenas uma superstição popular? Acadêmicos em neurociência e psicologia destacam que esse chamado “sexto sentido” é resultado de processos biológicos, emocionais e comportamentais que tornam as mães mais sensíveis a sinais que outros podem ignorar.
Por que a intuição materna é tão precisa?
A precisão da intuição materna está ligada ao vínculo emocional e à convivência diária entre mãe e filho. Ao longo do tempo, o cérebro materno aprende a identificar padrões sutis no comportamento dos filhos, tornando-se quase automático perceber algo fora do comum.
O estudo aponta que mães têm uma habilidade superior de reconhecer microexpressões, mudanças no tom de voz e alterações comportamentais. Essa capacidade resulta de vários fatores interligados, incluindo o desenvolvimento de uma memória afetiva detalhada.

O que dizem as pesquisas sobre os mecanismos cerebrais envolvidos?
Cientistas explicam que certas áreas do cérebro, como a ínsula e o córtex pré-frontal, são mais ativadas em mães durante interações com os filhos e ajudam na leitura de sinais emocionais. Essa ativação cerebral potencializa o reconhecimento de emoções e situações atípicas.
Além disso, a memória afetiva contribui ao armazenar experiências cotidianas, facilitando uma resposta rápida do cérebro diante de comportamentos diferentes do padrão habitual.
Quem pode desenvolver essa percepção aguçada?
Embora muitas vezes falemos em intuição materna, outros cuidadores muito presentes, como pais, avós ou educadores, também podem desenvolver essa sensibilidade aprimorada. No entanto, estudos indicam que mulheres costumam se destacar, em parte devido a fatores biológicos e culturais relacionados à empatia.
Os principais grupos que desenvolvem essa percepção incluem:
- Mães biológicas
- Pais e avós envolvidos no cuidado diário
- Cuidadores experientes e educadores dedicados
No vídeo a seguir, a neurocientista Kelly Possebon fala um pouco desse processo:
@kelly.hackeandoescolhas O que chamam de “intuição materna” é, na verdade, um conjunto de processos neurobiológicos refinadíssimos — conectando antecipação, vigilância afetiva e leitura contextual em tempo quase real. Afinal, mãe não adivinha. O cérebro dela que decodifica antes. (Hoekzema et al., 2016; Kim et al., 2010; Lebel & Deoni, 2018) ⸻ 🧠 Nota técnica: Nenhuma área do cérebro atua isoladamente; as explicações são simplificadas por questões didáticas e de tempo, e são voltadas ao público leigo. 📚 Baseado em ciência. 🧘♀️ Responsabilidade: O conteúdo é informativo e não substitui diagnóstico profissional. #hackeandoescolhas #neurociencia #diadasmães #cérebro #mãe ♬ som original – Hackeando Escolhas por Kelly
A intuição materna é realmente um pressentimento?
Do ponto de vista científico, o que parece pressentimento é, na verdade, uma análise emocional automática. O cérebro processa informações de forma tão rápida e inconsciente que a resposta parece intuição.
O “sexto sentido” materno é uma leitura sofisticada de sinais emocionais e comportamentais. Histórias do dia a dia mostram mães percebendo sentimentos dos filhos mesmo sem palavras, comprovando que, mesmo não prevendo o futuro, esta sensibilidade é quase um superpoder.