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Saúde

Uso de cigarros eletrônicos cresce 600% no Brasil

Uso de vapes avança mesmo com proibição e preocupa especialistas por riscos cancerígenos

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Professores acreditam que os alunos usam o cigarro eletrônico como meio de afirmação entre os colegas. Alguns não têm noção do perigo. Outros sabem que o cigarro é tóxico.

O uso de cigarros eletrônicos disparou no Brasil nos últimos anos e já cresceu 600%, segundo um estudo internacional. Embora a venda desses produtos seja proibida no país desde 2009, a falta de fiscalização rigorosa tem alimentado um mercado ilegal cada vez mais amplo e perigoso.

A oncologista Clarissa Baldotto, presidente eleita da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, alerta para os riscos ainda desconhecidos do vaping. Ela explica que o potencial cancerígeno pode demorar de 20 a 30 anos para se manifestar, mas já existem indícios preocupantes. “O vaping tem várias substâncias que aumentam esse risco, como solventes e propilenoglicol. As partículas são muito finas e chegam profundamente no pulmão. Além disso, a carga de nicotina é muito alta, o que aumenta o potencial de vício, especialmente entre jovens”, afirma.

A Organização Mundial da Saúde reforça a preocupação. De acordo com a entidade, os cigarros eletrônicos expõem o usuário a substâncias tóxicas e cancerígenas, como metais pesados e compostos voláteis ligados ao câncer de pulmão e a doenças respiratórias crônicas. Uma associação americana também destaca a presença de formaldeído e acroleína nos aerossóis, substâncias que causam inflamação pulmonar e danos ao DNA das células.

Os números do estudo mostram ainda que mais de 3 milhões de brasileiros utilizam exclusivamente cigarros eletrônicos, enquanto outros 8 milhões combinam o vape com produtos de tabaco tradicionais.

O avanço desse consumo também se reflete no ambiente digital: uma investigação recente identificou mais de 1.800 anúncios irregulares de cigarros eletrônicos em plataformas online. Já dados da Receita Federal registraram a apreensão de quase 2 milhões de unidades em 2024 — um aumento de 57% em relação ao ano anterior.

Especialistas alertam que esperar duas décadas para observar plenamente os efeitos do vaping pode custar caro. A recomendação é clara: prevenir agora para evitar consequências graves no futuro.

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