Esportes
Cena de racismo e xenofobia em estádio repercute nas redes
Clube e Ministério Público já se movimentam para responsabilizar a autora pelas agressões.
O futebol, mais do que um esporte, é um reflexo da sociedade em muitas de suas nuances. Recentemente, o Campeonato Brasileiro da série B viu-se imerso em uma situação que vai além das quatro linhas, quando uma torcedora do Avaí protagonizou cenas lamentáveis de racismo e xenofobia contra torcedores do Remo. Ocorrido no estádio da Ressacada, em Florianópolis, no dia 15 de novembro de 2025, o episódio instigou ações do Ministério Público e atenção do país para questões que permeiam o esporte.
O incidente veio à tona através de um vídeo compartilhado nas redes sociais, onde a torcedora em questão lançava ofensas como “olha a tua cor” e “vão embora de jegue?”. Palavras dessa natureza ultrapassam a rivalidade esportiva, tornando-se um registro claro de discriminação. O ato, prontamente condenado por diversos setores, ressalta a necessidade de uma repressão enérgica a atitudes semelhantes dentro dos estádios.
Qual o impacto das palavras de ódio no futebol brasileiro?
A repercussão do evento foi imediata. Clubes como o Remo manifestaram-se oficialmente, classificando os gritos como ações deploráveis que não devem passar impunes. A instituição paraense sublinhou seu compromisso com a luta antidiscriminatória, exigindo uma punição proporcional aos envolvidos. Esse tipo de posicionamento é fundamental na construção de um ambiente esportivo mais inclusivo e respeitoso para todos os torcedores.
Que medidas estão sendo tomadas pelos clubes e autoridades?
O Avaí, clube ao qual a torcedora é afiliada, também se posicionou veementemente contra a conduta observada. A diretoria do clube não só iniciou o processo de identificação da envolvida, mas também ressalta a colaboração total com as autoridades para a aplicação das sanções legais cabíveis. A resposta dos clubes, aliada à atuação do Ministério Público, demonstra uma frente unida em busca de erradicar o racismo e a xenofobia dos campos e arquibancadas brasileiras.
Como a sociedade civil pode agir contra o racismo nos estádios?
A sociedade, torcedores e gestores têm papéis cruciais nessa luta. Além das medidas institucionais, a conscientização e a pressão popular são ferramentas poderosas na transformação desse cenário. Estímulos como campanhas educativas e a conscientização constante podem gradualmente alterar o comportamento dos mais entusiastas. A presença digital dos torcedores, através de redes sociais, amplifica vozes que exigem mudanças e responsabilização, criando um efeito reação onde não há mais espaço para a omissão.
À medida que o futebol avança, o compromisso para com a igualdade e o respeito deve ser inerente a todos os seus aspectos. O evento na Ressacada não é um caso isolado, tampouco novidade no esporte, mas representa uma oportunidade valiosa para se discutir e implementar ações duradouras que garantam a dignidade de todos os participantes e apreciadores desse espetáculo mundial.