Rio
Suspeita de mandar matar jovem em Sepetiba é levada para presídio
Gabrielle Rosário se entregou e foi levada ao presídio de Benfica para audiência de custódiaGabrielle Cristine Pinheiro Rosário, apontada pela polícia como mandante do assassinato de Laís de Oliveira Gomes Pereira, foi transferida para o presídio de Benfica na tarde desta terça-feira (18). Ela havia se entregado à Delegacia de Homicídios na segunda-feira e passará por audiência de custódia.
Laís foi morta em 4 de novembro, em Sepetiba, enquanto empurrava o carrinho do filho mais novo. Segundo a investigação, Gabrielle teria ordenado o crime por causa de uma disputa pela guarda da filha mais velha da vítima, Alice, de 4 anos.
O que indicou a premeditação do crime?
Mensagens extraídas do celular de Gabrielle mostraram que ela já falava sobre matar Laís mais de um mês antes da execução. Em 29 de setembro, ela enviou ao marido: “Te falar: queria matar demais a Laís. Deus me livre.” Ele respondeu que “nem vale a pena”.
Para o Ministério Público e a Delegacia de Homicídios, o diálogo reforça a intenção prévia. A promotora Laíla Antonia Olinda de Magalhães afirmou que a execução, realizada com disparos em via pública e sem subtração de bens, aponta para crime de mando.
Há outras linhas de investigação?
A Polícia Civil vai apurar se Gabrielle atuava em uma quadrilha de estelionato. Segundo o delegado Robinson Gomes, a apuração será desmembrada para investigar possível organização criminosa.
O Ministério Público e a polícia também relatam que ela teria apresentado a conhecidos uma certidão de óbito falsa ao afirmar que uma filha sua havia morrido de meningite.

O que Gabrielle declarou?
No depoimento prestado em 4 de novembro, Gabrielle afirmou ter deixado um cartão de crédito com Laís, alegando que a vítima tinha o nome sujo. Disse também não saber o motivo do crime nem quem o teria ordenado.
Como ocorreu o assassinato?
Laís foi atingida por um tiro na nuca na Travessa Santa Vitória, em Sepetiba. O bebê que ela empurrava, de 1 ano e 8 meses, não ficou ferido. A DH afirma que a motivação foi passional e relacionada à guarda da criança.