Uber adere o programa de fiscalização de mototaxistas da cidade do Rio

A Prefeitura do Rio formalizou a adesão da Uber ao Programa de Monitoramento de Direção Segura de Condutores, que estabelece a fiscalização da atividade de mototaxistas e entregadores por aplicativo. A iniciativa conta com a adesão de mais duas empresas de aplicativos de entrega e transporte, a 99 e o IFood.

O programa foi instituído com o objetivo de promover mais segurança no trânsito e reduzir comportamentos de risco entre motociclistas que prestam serviços de transporte de passageiros e de entrega por plataformas digitais na cidade.

As plataformas digitais deverão manter na sua base de dados somente motociclistas que apresentem certidão negativa das varas criminais e que circulem com veículos devidamente licenciados. Todas as operadoras em atuação na cidade deverão aderir ao termo do acordo, para o cumprimento das regras.

O decreto orienta também que as empresas operadoras de aplicativos adotem mecanismos tecnológicos de monitoramento, como sistemas de telemetria e GPS, capazes de identificar comportamentos que coloquem em risco a segurança viária, entre eles o excesso de velocidade, manobras perigosas, mudanças de faixa abruptas e a circulação em locais proibidos, como calçadas e ciclovias, entre outros.

O monitoramento de velocidade deverá ser implementado pelas empresas em até 45 dias, enquanto os demais critérios deverão funcionar no prazo máximo de 90 dias.

O prefeito Eduardo Paes destacou a preocupação com o risco desses profissionais. A partir do monitoramento pelas empresas espera-se uma mudança de comportamento que vai refletir em mais segurança no trânsito

“A gente quer que os trabalhadores possam trabalhar com todo o conforto, com toda a qualidade, com toda a proteção da prefeitura. A gente respeita esse trabalho. O que a gente não pode aceitar é que entre na contramão, ande em cima da calçada, despeite as regras mais básicas.
Então, a Uber, assim como já aconteceu com outros aplicativos, está assinando um compromisso em que eles vão monitorar a partir dessas informações para a prefeitura, para que a gente possa fazer com que as regras de trânsito sejam respeitadas. Essa deve ser uma queda importante. Estou vendo muita gente reclamando”, disse o prefeito por meio das redes sociais.

As plataformas deverão criar um sistema de pontuação de direção segura, que será atualizado diariamente e permanecerá acessível aos motoristas, com base nas corridas realizadas nos últimos 30 dias. Para manter um bom histórico, o motociclista deverá ter ao menos 60% das viagens sem comportamentos de risco.

O decreto também estabelece um processo educativo e progressivo para os condutores que apresentarem comportamentos de risco. Esses profissionais poderão ser convocados a participar de cursos virtuais de conscientização sobre segurança no trânsito. Em caso de reincidência, poderão sofrer restrições temporárias de acesso às plataformas — de 5, 10 ou 30 dias — e, em última instância, o descadastramento definitivo.