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Especialista comenta “golpe do falso advogado” e mudanças nas regras do Pix

Nova regra será obrigatória para todos os bancos e fintechs, a partir de 2 de fevereiro de 2026

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Pix (Créditos: depositphotos.com / BrendaRochaBlossom)

No último domingo, dia 23, o Pix sofreu uma atualização de segurança. Foi posto em ação um novo mecanismo de devolução, que permite rastrear e bloquear o dinheiro, mesmo depois de o golpista ter transferido o valor para outras contas.

A regra agora é obrigatória para todos os bancos e fintechs, a partir de 2 de fevereiro de 2026.

A medida se mostra essencial para os cariocas, uma vez que, só nos primeiros quatro meses deste ano, o estado do Rio registrou 36.391 estelionatos, uma alta de 4% em relação ao mesmo período de 2024.

Segundo a OAB-RJ, o “golpe do falso advogado”, que usa Pix para transferências urgentes, já vitimou mais de 500 pessoas só na capital neste ano.

Na prática, será possível realizar a contestação direta no aplicativo do banco, sem precisar ligar para o call-center. Além disso, a devolução será feita em até 11 dias após a denúncia, mesmo se o dinheiro já tiver passado por várias contas.

Com a nova regra, os bancos serão obrigados a compartilhar informações entre si para rastrear o caminho do valor.

Conversamos com a Lorena Pontes, advogada Criminalista e Sócia do Pontes Leal Advocacia, que comentou sobre o que muda na prática com a nova regra do Pix e como funciona o novo mecanismo de devolução:

“Agora, assim que a pessoa informa fraude ou engano, o banco consegue bloquear o valor quase que imediatamente na conta suspeita. Esse bloqueio rápido impede que o dinheiro viaje por várias contas de laranja, o que era o maior problema para recuperar esses valores. Na prática, ficou muito mais difícil para o golpista fazer o dinheiro sumir e muito mais fácil para o cliente conseguir a devolução”.

E em quais situações o dinheiro pode, de fato, ser recuperado?

“O dinheiro pode ser recuperado principalmente nos casos que existe fraude comprovada, golpes induzindo a erro ou até mesmo as transações feitas sob coação ou até mesmo casos de PIXs que são feitos por engano. Então, nessa situação, o sistema vai funcionar muito bem. Mas é importante deixar claro que não existe garantia absoluta. O sistema só consegue agir enquanto o valor ainda está parado na conta suspeita”, explica a advogada.

Em caso de golpe, acesse o app do banco ou instituição financeira, e verifique a funcionalidade automática de contestação via Pix. Lembre-se de guardar todos os comprovantes, prints e dados da transação.

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