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Essas duas palavras existem e TODAS as línguas
Estas duas palavras são universais e você usa sem perceber
Em qualquer língua falada atualmente, existe uma necessidade básica: diferenciar o que está perto do que está longe. Essa diferença aparece na forma de pequenos termos que indicam objetos, pessoas ou situações no espaço.
Em português, esses termos são conhecidos como pronomes demonstrativos, como “isto” e “aquilo”, e cumprem um papel central na maneira como os falantes organizam o mundo ao redor, aproximando linguagem, percepção e interação cotidiana.
O que são pronomes demonstrativos e por que são comuns
Os pronomes demonstrativos são palavras que indicam a posição de algo em relação a quem fala e, muitas vezes, também em relação a quem ouve. Em línguas como o português, esse sistema pode ser detalhado, com formas específicas para o que está perto do falante (“isto”, “este”), perto do interlocutor (“isso”, “esse”) e mais distante de ambos (“aquilo”, “aquele”).
Na prática, esse recurso descreve uma habilidade diária: apontar coisas sem necessariamente nomeá-las. Em vez de repetir o substantivo, o falante recorre a expressões como “isto aqui” ou “aquilo lá”, o que torna a comunicação mais rápida, evita repetições e aproveita o contexto visual ou situacional compartilhado entre as pessoas.
Por que termos como “isto” e “aquilo” aparecem em todas as línguas
A existência de termos equivalentes a “isto” e “aquilo” em todas as línguas está ligada a fatores cognitivos e biológicos. Seres humanos, em qualquer sociedade, precisam distinguir o que está ao alcance imediato do que está afastado, o que influencia decisões práticas, como pegar um objeto, desviar de um obstáculo ou chamar a atenção para algo distante.
No uso cotidiano, os demonstrativos respondem a perguntas simples, como “o que está aqui?” e “o que está lá?”. Mesmo que os sons sejam diferentes — como this em inglês, kore em japonês ou zhè em mandarim — a função comunicativa é comparável: marcar o que está perto e o que está longe no espaço compartilhado entre os interlocutores.

Como os pronomes demonstrativos variam entre as línguas
Embora a presença de pronomes demonstrativos seja praticamente universal, o número de formas e o grau de detalhamento variam bastante. Algumas línguas trabalham com apenas duas categorias principais, semelhantes a “isto” (perto) e “aquilo” (longe), enquanto outras apresentam três ou mais níveis de distância.
Para visualizar essas diferenças de forma organizada, a seguir está uma tabela que sintetiza alguns tipos de sistemas e suas características gerais, incluindo exemplos aproximados de funcionamento em diferentes idiomas.
| Tipo de sistema | Número de categorias | Descrição resumida | Exemplo aproximado |
|---|---|---|---|
| Sistemas binários | 2 | Contraste básico entre perto e longe. | Semelhante a “isto” vs. “aquilo”. |
| Sistemas ternários | 3 | Distingue perto do falante, perto do interlocutor e longe de ambos. | Descrições tradicionais do português padrão. |
| Sistemas ampliados | 4 a 6 ou mais | Combinam distância, direção, visibilidade e, às vezes, relevo. | Algumas línguas indígenas, asiáticas ou oceânicas. |
Qual é o papel de “isto” e “aquilo” na comunicação cotidiana
No uso diário, os pronomes demonstrativos ajudam a organizar a interação entre falantes. Eles aparecem ao indicar um objeto em cima da mesa, mostrar um lugar no mapa ou chamar a atenção para um acontecimento distante, combinando linguagem, gesto e contexto em um único conjunto de significado.
Essas palavras também contribuem para a coesão de textos orais e escritos, retomando ideias já apresentadas, como em “isso mostra que…” ou “aquilo ocorreu porque…”. Mesmo quando não indicam objetos físicos, mantêm a função de apontar algo — agora em nível abstrato — e mostram como a organização espacial e a necessidade de indicar elementos fazem parte da base da comunicação humana.