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Psicóloga fala sobre o impacto do bullying em crianças e adolescentes

O último caso registrado no Rio é de um menino de 10 anos, aluno da Escola Municipal Leonel Azevedo, na Ilha do Governador, nesta terça-feira (02)

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Foto: Reprodução Internet

O bullying no Brasil é um problema social e de saúde pública crescente, com estatísticas alarmantes que indicam um aumento significativo nos registros e uma nova legislação de criminalização em vigor desde 2024. Cerca de 23% dos brasileiros declararam ter sofrido bullying em algum momento da vida, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para falar sobre esse caso, o jornalismo da Super Rádio Tupi, conversou com a psicóloga e especialista em crianças e adolescentes, Cláudia Melo, que falou sobre as consequências dessa violência.

“Quando a criança sofre esse tipo de violência, o bullying, que é uma violência gravíssima, isso traz grandes consequências para essa criança. Ela passa a não mais acreditar que pertence a algum lugar, ela não se ver mais suficiente. E isso atinge diretamente a autoestima dela. A criança começa a não se sentir segura, se sente envergonhada, com medo de ocupar alguns espaços. No desenvolvimento emocional, isso pode gerar ansiedade, retraimento, dificuldade em confiar nos outros, um sentimento constante de estar em risco. E na socialização, ela pode evitar brincar, evitar estar em alguns grupos”, comenta a especialista.

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados em julho de 2025, registraram 2.543 casos de bullying entre crianças e adolescentes (0 a 17 anos) no período. A psicóloga também falou dos sinais que a criança apresenta ao sofrer a violência e o papel da escola.

“O bullying dá sinal, isolamento, mudanças de comportamento, queda no regimento escolar, medo de ir para a escola, brincadeiras que passam no limite, grupos que escolhem sempre o mesmo alvo. E quando o profissional percebe isso, ele não pode minimizar. A primeira ação é acolher a criança, ouvir, registrar, comunicar imediatamente à equipe, gestora, e a segunda é intervir no grupo, conversar com esse grupo, mediar, orientar. E a gente, claro, que chamar essa família para a escola é fundamental”, orienta.

O último caso registrado no Rio é de um menino de 10 anos, aluno da Escola Municipal Leonel Azevedo, na Ilha do Governador, ocorrido nesta terça-feira (02). A família denuncia que ele perdeu a visão do olho direito depois de sofrer agressões dentro da escola. Segundo os relatos, o garoto era alvo de bullying constante por causa de uma diferença física nos olhos — consequência de um glaucoma congênito.

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