Duas brasileiras lideram ranking das bilionárias mais jovens do mundo

O Brasil passou a liderar o ranking das bilionárias mais jovens do mundo, com dois nomes no topo da lista. Aos 29 anos, Luana Lopes Lara se tornou a bilionária self-made mais jovem do planeta, após sua empresa, a Kalshi, atingir valor de mercado de US$ 11 bilhões. Já Livia Voigt, de 20 anos, figura como a bilionária mais jovem do mundo no total, graças ao patrimônio herdado da multinacional catarinense WEG.

Luana, que detém cerca de 12% da Kalshi, alcançou fortuna estimada em US$ 1,3 bilhão. A plataforma, criada em 2019 em parceria com o libanês Tarek Mansour, permite apostas sobre eventos futuros, como eleições, dados econômicos e esportes nos Estados Unidos. A valorização da empresa foi impulsionada pelas eleições americanas de 2024, e a entrada de Donald Trump Jr. no conselho consultivo reforçou sua visibilidade no setor.

Quem é Luana Lopes Lara?

Formada em ciência da computação pelo MIT, Luana é filha de uma professora de matemática e de um engenheiro elétrico de Santa Catarina. A trajetória da nova bilionária inclui conquistas acadêmicas, como medalhas em olimpíadas de astronomia e matemática, e um período intenso como bailarina, carreira que exerceu profissionalmente na Áustria por nove meses antes de se dedicar integralmente aos estudos.

Em entrevista à Forbes, ela relatou dificuldades enfrentadas no ambiente do balé, como práticas abusivas por parte de professores e rivalidades extremas entre colegas. A mudança para o universo da tecnologia representou uma virada definitiva em sua vida.

Quem é Livia Voigt, a bilionária mais jovem do mundo?

Com patrimônio estimado em US$ 1,1 bilhão, Livia Voigt ocupa o topo do ranking global entre os bilionários mais jovens. Aos 20 anos, ela possui 3,1% da WEG, multinacional que fabrica equipamentos eletroeletrônicos. A fortuna foi herdada em 2016, após a morte do avô, Werner Ricardo Voigt, engenheiro e um dos fundadores da companhia.

Livia estuda psicologia e, assim como a irmã Dora Voigt — também bilionária —, não atua na gestão da empresa. A WEG, de capital aberto, é conhecida por concentrar jovens bilionários: sete dos dez mais jovens do país, segundo a Forbes Brasil, são herdeiros da companhia.

Um país que forma bilionários jovens por caminhos distintos

Enquanto Livia representa o peso das grandes heranças empresariais brasileiras, Luana simboliza o crescimento do empreendedorismo tecnológico global. As duas trajetórias, embora distintas, mostram a presença cada vez mais expressiva do Brasil na nova geração de fortunas internacionais.