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Por que o trovão parece vir de lugares diferentes e sempre surpreende quem escuta

Cada estrondo revela um detalhe que passa despercebido por muita gente

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Por que o trovão parece vir de lugares diferentes e sempre surpreende quem escuta
O trovão é percebido como um som que muda de posição no céu durante a tempestade - Créditos: depositphotos.com / stnazkul

O trovão sempre chamou atenção por um detalhe curioso: a impressão de que o som nunca vem exatamente do mesmo ponto do céu. Em uma tempestade, muitas pessoas percebem o estrondo ora mais à esquerda, ora mais distante, ora como se estivesse logo acima, o que alimenta dúvidas antigas sobre como o trovão se forma e por que ele parece “viajar” pelo ambiente.

O que é o trovão e como ele se forma

A palavra-chave central aqui é trovão, o som associado diretamente ao relâmpago. Esse som surge quando o ar ao redor da descarga elétrica atinge temperaturas muito altas em frações de segundo.

O ar se expande de forma violenta, produzindo uma onda sonora que se propaga em todas as direções. Como o raio geralmente é longo, com vários quilômetros de extensão, cada trecho desse caminho contribui com uma “parte” do trovão ouvido em terra.

Por que o trovão parece vir de lugares diferentes e sempre surpreende quem escuta
O som do trovão que nunca vem do mesmo lugar – Créditos: depositphotos.com / alexeys

Por que o trovão não parece vir do mesmo lugar

O aparente “movimento” da origem do som do trovão está ligado ao comprimento do relâmpago, à velocidade do som e ao ambiente ao redor. Como o raio não é um ponto isolado, mas um caminho ramificado, partes diferentes dele podem estar mais próximas ou mais distantes de quem observa.

Trechos distintos do raio emitem sons que chegam em momentos diferentes, criando um estrondo prolongado, com ecos e variações de intensidade. Em zonas urbanas, prédios, casas e montanhas refletem as ondas sonoras, reforçando a sensação de que o barulho se desloca pelo céu.

Como a ciência explica o trovão que parece viajar

A explicação científica para o trovão que nunca parece vir do mesmo lugar combina acústica, meteorologia e psicologia da percepção. Estudos mostram que o ouvido humano tem dificuldade em localizar sons que se espalham em várias direções e sofrem muitos reflexos.

Durante uma tempestade, a pessoa escuta diferentes componentes do som, que juntos formam um campo sonoro complexo. Esses elementos podem ser agrupados em categorias principais:

  • o som direto de partes do raio mais próximas;
  • ecos refletidos em nuvens, prédios, árvores e montanhas;
  • ondas sonoras que se somam e se cancelam ao longo do caminho.

Quem gosta de curiosidades do clima vai curtir esse vídeo do Pedro Loos, explicando por que o trovão nunca parece vir do mesmo ponto:

@opedroloos COMO UM RAIO ACONTECE? ⚡️A resposta é que… nós não sabemos totalmente, e isso é fascinante! Nós vemos eles acontecendo diariamente em todo lugar do mundo e nem por isso sabemos explicar totalmente 🤯Não esquece de seguir o perfil para ter a sua dose diária de conhecimento!#tempestade #raio #clima #tempo #meteorologia #fisica #cienciatododia ♬ original sound – Pedro Loos

Quais são as curiosidades naturais sobre trovão e relâmpago

Além do mistério sobre a origem aparente do som, o trovão traz curiosidades que costumam despertar interesse. Uma delas é a possibilidade de estimar, de forma aproximada, a distância do raio contando o tempo entre o clarão e o estrondo.

Esse método é simples e se baseia na diferença entre a velocidade da luz e a velocidade do som. Ele permite avaliar se a tempestade está se aproximando ou se afastando, seguindo o passo a passo abaixo:

  1. Ao ver o relâmpago, conta-se o número de segundos até o trovão;
  2. Divide-se esse número por três para obter, em quilômetros aproximados, a distância da descarga;
  3. Se o intervalo diminui a cada novo relâmpago, a área está mais próxima do centro da tempestade.

Qual é o papel do trovão no equilíbrio atmosférico

Do ponto de vista natural, o trovão é apenas o sinal audível de um processo maior: a redistribuição de cargas elétricas na atmosfera. Relâmpagos ajudam a equilibrar diferenças de potencial entre nuvens e solo, algo comum em tempestades intensas.

O som, embora chamativo, é apenas a manifestação acústica desse ajuste elétrico. Assim, o trovão que nunca parece vir do mesmo lugar resulta do caminho extenso do raio, da propagação do som no ar, dos reflexos no ambiente e da forma como o cérebro interpreta tudo isso.

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