Guardar o azeite do jeito errado pode mudar o cheiro antes do esperado

Guardar o azeite de maneira adequada é essencial para preservar sabor, aroma e nutrientes. Quando exposto ao calor, à luz e ao ar, o azeite oxida, desenvolvendo cheiro e gosto desagradáveis. Pequenos cuidados com a tampa, o local de armazenamento e o tipo de recipiente fazem diferença no dia a dia de quem usa esse ingrediente com frequência na cozinha.

Por que o azeite oxida e muda de cheiro

A oxidação do azeite acontece quando ele entra em contato com o oxigênio, com temperaturas elevadas e com a luz, especialmente a solar ou de lâmpadas muito fortes. Esse processo altera a estrutura das gorduras presentes no óleo, gerando compostos responsáveis por cheiro de ranço e sabor metálico ou de gordura velha.

Além da oxidação, o azeite sofre com a hidrólise, que é a reação com a umidade. Quando a tampa não fecha bem ou a embalagem fica muito tempo aberta, aumenta o contato com ar úmido, acelerando a deterioração. Por isso, guardar o azeite da forma certa significa protegê-lo de luz, calor, ar e umidade.

Qual é a melhor forma de guardar o azeite no dia a dia

Para evitar que o azeite oxide e fique com cheiro estranho, é importante cuidar de três pontos principais: recipiente adequado, proteção à luz e controle de temperatura. Em geral, recomenda-se manter o azeite em sua própria garrafa, de vidro escuro ou lata, bem vedada e longe de fontes de calor e de claridade intensa.

Outro ponto relevante é o tamanho da embalagem e a frequência com que é aberta. Frascos grandes usados lentamente ficam expostos ao ar por mais tempo; por isso, muitos consumidores preferem frascos menores ou transferir parte do conteúdo para recipientes de uso diário, mantendo o restante bem fechado em local protegido.

Como armazenar o azeite corretamente na cozinha

No uso cotidiano, pequenas mudanças de hábito ajudam a conservar melhor o azeite. Guardar a garrafa em um armário fechado, longe do forno, do fogão e da janela já reduz bastante o risco de oxidação precoce. Também é importante conferir se a tampa está bem rosqueada ou se o bico dosador está totalmente fechado após cada uso.

Essas orientações valem tanto para o azeite extra virgem quanto para outros tipos, pois todos são sensíveis ao ambiente em que ficam guardados. Para facilitar, veja alguns cuidados práticos que ajudam a prolongar a qualidade do produto no dia a dia:

• Evitar a luz direta mantendo o azeite em local escuro, como despensa ou armário fechado.
• Proteger do calor não deixando a garrafa próxima a chamas, forno, micro-ondas ou equipamentos que esquentem.
• Fechar bem a embalagem reduzindo o contato com o ar, sempre logo após o uso.
• Preferir embalagens menores para consumir cada garrafa em período mais curto.
• Não deixar o frasco na mesa por longos períodos, devolvendo ao armário assim que possível.

É melhor guardar o azeite na geladeira ou em temperatura ambiente

A dúvida sobre refrigerar o azeite é comum. Em temperaturas mais baixas, ele pode ficar turvo ou solidificar parcialmente, o que é normal e tende a reverter quando volta à temperatura ambiente. Para o uso cotidiano, a maioria dos fabricantes recomenda apenas um local fresco e protegido da luz, sem necessidade de geladeira, desde que o ambiente não seja muito quente.

Em regiões muito quentes, algumas pessoas optam por guardar parte do azeite na geladeira para retardar a oxidação. Nesses casos, é melhor separar somente a quantidade que será usada em curto prazo, evitando mudanças constantes de temperatura, que também podem impactar a estabilidade e o sabor do produto.

Esse vídeo de Livia Pirozzi, que já soma mais de 9 mil visualizações mostra o jeito certo de escolher o azeite:

Que embalagem ajuda a evitar cheiro estranho no azeite

O tipo de embalagem tem papel central na preservação do azeite. Garrafas de vidro escuro e latas metálicas opacas protegem melhor contra a luz e costumam ser as mais indicadas. Recipientes de plástico transparente deixam passar mais luminosidade e, em alguns casos, podem interagir com o óleo ao longo do tempo, acelerando alterações sensoriais.

Como saber se o azeite estragou ou já oxidou

Alguns sinais indicam que o azeite pode ter oxidado e perdido qualidade. Cheiro de vela apagada, tinta, gordura rançosa ou gosto de óleo velho são indicativos claros de alteração sensorial. Mudança muito acentuada de cor, principalmente se acompanhada de odor desagradável, também pode sinalizar deterioração.

Nesses casos, não é recomendado o consumo, mesmo que o prazo de validade ainda esteja vigente. Observar data de extração, validade e condições de armazenamento ajuda a evitar problemas. Quanto mais recente for a colheita e mais cuidadoso for o armazenamento em casa, menor a chance de o azeite desenvolver cheiro estranho associado à oxidação.