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Por que cães ficam inquietos horas antes dos trovões e deixam os tutores intrigados

Quem convive com cães costuma reconhecer esse padrão

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Por que cães ficam inquietos horas antes dos trovões e deixam os tutores intrigados
Capacidade dos cães de perceber mudanças ambientais antes da tempestade

Horas antes de uma tempestade, muitos cães começam a andar de um lado para o outro, se esconder, gemer ou ficar mais grudados nos tutores. Esse comportamento chama a atenção porque, em vários casos, o céu ainda está claro e não há sinais evidentes de chuva ou trovões. A explicação envolve sentidos muito aguçados, memórias de experiências anteriores e fatores físicos do ambiente que mudam antes da formação de nuvens carregadas, tornando o cão especialmente sensível a qualquer alteração relacionada à tempestade.

Por que os cães ficam inquietos antes de tempestades e trovões?

A principal hipótese é que o cão sente a chegada do temporal muito antes dos trovões, graças à combinação de olfato, audição e sensibilidade às alterações ambientais. Uma queda brusca na pressão do ar pode ser desconfortável, gerando sensação estranha parecida com a que algumas pessoas relatam em viagens de avião, o que ajuda a explicar por que alguns animais desenvolvem forte ansiedade nesses momentos.

Além disso, o vento traz novos cheiros, indicando chuva e eletricidade no ambiente, e isso funciona como um sinal de alerta. Em cães que já tiveram experiências negativas com tempestades, esses primeiros sinais acabam acionando um estado de vigilância e inquietação bem antes da chuva começar, reforçando a associação entre tempestade e algo potencialmente ameaçador.

Por que cães ficam inquietos horas antes dos trovões e deixam os tutores intrigados
Cães costumam mudar o comportamento – Créditos: depositphotos.com / JDunbarPhoto

Como o cão doméstico percebe sinais de tempestade que humanos não notam?

O cão doméstico, descendente do lobo e adaptado à convivência com humanos, manteve grande parte de suas habilidades sensoriais naturais. O olfato é um dos mais desenvolvidos do reino animal e permite identificar mudanças químicas no ar associadas à umidade e ao ozônio, que costuma aumentar antes de uma tempestade, tornando o ar “diferente” e mais facilmente percebido pelo seu poderoso olfato.

A audição do cão também é muito sensível e capta sons em frequências mais altas e a distâncias maiores do que o ouvido humano. Assim, ele pode ouvir trovões distantes, o deslocamento de massas de ar e até ruídos de infraestrutura elétrica afetada pelo clima, como estalos em cabos e transformadores.

Esses sentidos aguçados se somam ainda à sensibilidade a alterações físicas do ambiente, o que ajuda a explicar o comportamento. De modo geral, o cão reage a estímulos que passam despercebidos para a maioria das pessoas, como pequenas variações de pressão, eletricidade estática e sons de baixa frequência.

  • Olfato detecta mudanças químicas no ar, como aumento de umidade e ozônio.
  • Audição percebe trovões distantes e sons de baixa intensidade antes dos humanos.
  • Queda de pressão atmosférica pode gerar desconforto físico e estranheza.
  • Eletricidade estática no pelo aumenta o alerta e pode causar formigamento.

O medo de trovão nos cães é instinto ou resultado de aprendizado?

O comportamento diante de tempestades é frequentemente descrito como uma curiosidade da natureza, mas na prática combina fatores inatos e aprendidos. Em muitos cães, o primeiro contato com o trovão causa sobressalto e, se o animal estiver sozinho ou já estressado, a experiência tende a ser registrada como ameaçadora, contribuindo para um quadro de medo e possível fobia relacionada ao som.

Há também componentes genéticos importantes nesse processo, pois algumas raças e indivíduos mostram maior sensibilidade a sons intensos. Em contrapartida, cães habituados desde filhotes a ruídos variados podem reagir de forma mais branda, demonstrando apenas curiosidade ou leve alerta, sem entrar em pânico.

  1. O cão sente sinais ambientais sutis antes do temporal.
  2. Associa esses sinais ao barulho forte e ao desconforto que virão.
  3. Cria uma memória de risco diretamente ligada à tempestade.
  4. Reage com inquietação sempre que percebe o mesmo padrão.

Quais são os sinais de ansiedade em cães antes de uma tempestade?

Nem todos os cães demonstram o mesmo nível de medo, mas há alguns comportamentos que costumam aparecer antes e durante o temporal. A observação atenta desses sinais ajuda o tutor a intervir mais cedo e a oferecer um ambiente mais seguro e previsível, reduzindo a progressão para um quadro grave de estresse.

Entre os sinais mais comuns estão inquietação, tentativa de se esconder e busca excessiva por contato físico com o tutor. Em casos mais intensos, podem surgir tremores, salivação excessiva, vocalização constante e até tentativas de fuga do ambiente.

Por que cães demonstram ansiedade antes dos trovões é abordado neste vídeo do Hoje em Dia, canal com 3,5 milhão de inscritos e 12 mil visualizações. O vídeo explica como fatores naturais do clima influenciam o comportamento canino antes das chuvas fortes:

O que pode ser feito para reduzir a inquietação do cão em dias de tempestade?

Quando um cão doméstico demonstra ansiedade intensa antes de trovoadas, a orientação de profissionais costuma envolver rotina estruturada e ambiente seguro. Manter o animal em local tranquilo, com acesso ao próprio esconderijo — como uma caixa de transporte ou um cômodo favorito — ajuda a reduzir a sensação de ameaça, funcionando como um espaço de conforto e proteção.

Barulhos neutros, como sons ambientes suaves ou ruído branco, podem mascarar parte dos ruídos externos e diminuir o impacto dos trovões. Em situações mais graves, com sinais físicos intensos de medo, costuma-se indicar acompanhamento especializado com médico-veterinário e profissional de comportamento.

Veterinários e especialistas recomendam que não haja punição durante os episódios de medo, pois isso agrava a ansiedade. Em alguns casos, técnicas de dessensibilização sonora, associadas ou não a medicamentos prescritos, contribuem para reações mais brandas em períodos de tempestade.

Dessa forma, a inquietação do cão horas antes dos trovões deixa de ser apenas um mistério e passa a ser entendida como resultado da interação entre sentidos aguçados, alterações do ambiente e experiências de vida. Com essa compreensão, fica mais fácil organizar o espaço e a rotina para que o período de tempestades seja menos estressante para o Canis lupus familiaris e para toda a família.

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