Brasil
Lula diz que defendeu diálogo a Trump e afirma que guerra custa mais
Presidente discursou na última reunião ministerial do ano e fez balanço do governo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (17) que o diálogo foi fundamental para as principais conquistas de seu governo e relatou ter defendido essa postura em conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo Lula, negociar é “mais barato” e “menos sofrido” do que recorrer a conflitos.
A declaração foi feita durante o discurso de abertura da última reunião ministerial do ano, realizada na Granja do Torto, em Brasília. O encontro reúne ministros para um balanço dos quase três anos de governo e para discutir o cenário político e administrativo de 2026.
“Tudo aquilo que, teoricamente, os analistas políticos achavam impossível acontecer em um governo que tinha menos de 120 deputados, em uma Câmara de 513, e 14 ou 15 senadores, aconteceu. Aconteceu pela persistência de cada um de vocês, pela capacidade de conversa, de argumentação”, afirmou o presidente.
Lula relatou ainda o teor da conversa com o presidente americano. “Eu falei para o Trump: ‘Trump, fica mais barato conversar e menos sofrido conversar do que guerra. Se a gente acreditar no poder do argumento, no poder da palavra, a gente evita muita confusão na vida dos países'”, disse.
Como Lula avaliou o momento econômico do país?
No início do discurso, o presidente afirmou que o Brasil vive um momento “quase ímpar” do ponto de vista do crescimento econômico e da atividade produtiva. Ele destacou, entre os avanços recentes, a aprovação da isenção do Imposto de Renda e a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do último projeto de regulamentação da reforma tributária, ocorrida na terça-feira (16).
Segundo Lula, o diálogo com o Congresso foi determinante para viabilizar a aprovação de projetos considerados estratégicos pelo governo ao longo do ano.
A reunião ministerial deve se estender ao longo do dia. Além do presidente, estão previstos discursos do vice-presidente Geraldo Alckmin e dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social).