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Plantar pêssego em regiões quentes é possível quando alguns cuidados são respeitados

Escolha da muda e manejo inicial fazem diferença no cultivo em clima quente

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Plantar pêssego em regiões quentes é possível quando alguns cuidados são respeitados
Plantar pêssego em regiões quentes é possível quando alguns cuidados são respeitados

O cultivo de pêssego em regiões quentes deixou de ser exclusividade de áreas de clima mais frio. Com planejamento e alguns cuidados específicos, produtores e jardineiros podem estabelecer pomares produtivos mesmo em locais com verões longos e temperaturas elevadas, desde que escolham variedades adaptadas, ajustem a irrigação e adequem o manejo da poda e da nutrição das plantas.

Como plantar pessegueiro em regiões quentes

Para plantar pessegueiro em regiões quentes, o primeiro passo é selecionar variedades de baixa exigência em frio, também chamadas de “baixa dormência”. Essas cultivares foram desenvolvidas para áreas em que o inverno é curto e as temperaturas raramente ficam muito baixas, possibilitando boa floração e frutificação.

Após escolher a muda, recomenda-se o plantio em locais bem ensolarados, com boa circulação de ar e solo profundo. Em climas quentes, a exposição ao sol é fundamental para frutos bem coloridos e doces, mas o excesso de calor sobre tronco e raízes pode ser amenizado com cobertura morta e proteção na base da planta, principalmente nos primeiros anos.

Plantar pêssego em regiões quentes é possível quando alguns cuidados são respeitados
Quem mora em região quente também pode plantar pêssego – Créditos: depositphotos.com / HazratBilal

Quais cuidados ter com solo, adubação e irrigação do pessegueiro

O plantio de pêssego em clima quente exige atenção especial ao solo, que deve ser bem drenado, com textura média e boa quantidade de matéria orgânica. Solos encharcados favorecem doenças fúngicas e comprometem o desenvolvimento das raízes, por isso a análise prévia do solo é essencial para corrigir acidez e nutrientes de forma equilibrada.

AspectoCuidados recomendados
SoloUtilizar solo bem drenado, de textura média e rico em matéria orgânica Evite áreas encharcadas para prevenir doenças de raiz
Correção de acidezCorrigir o pH conforme análise de solo Ajuste equilibrado melhora a absorção de nutrientes
AdubaçãoMisturar composto orgânico com fósforo e potássio no plantio Evite excessos, principalmente de nitrogênio
IrrigaçãoManter regas frequentes e regulares, sem encharcar Gotejamento ou microaspersão são ideais
Cobertura do soloAplicar cobertura morta ao redor da planta Reduz perda de água e melhora a vida do solo

Como escolher a melhor variedade de pêssego para clima quente

A escolha da variedade de pêssego para regiões quentes influencia diretamente a produtividade do pomar e a regularidade da frutificação. Em geral, recomenda-se optar por cultivares de baixa exigência em frio, que necessitam de poucas horas de temperaturas amenas para romper a dormência e florescer de forma uniforme.

Na seleção das cultivares, é importante considerar exigência em frio, época de colheita, destino da produção e resistência a doenças típicas de ambientes quentes e úmidos. Consultas a viveiristas idôneos, técnicos locais e publicações de pesquisa ajudam a identificar os materiais mais adaptados à microrregião, levando em conta altitude, regime de chuvas e tipo de solo.

Muita gente acredita que o pêssego só se desenvolve bem em regiões frias. Neste vídeo do canal Isaac horta em apartamento, com aproximadamente 2 milhão de inscritos e mais de 540 mil de visualizações, o conteúdo explica como plantar pêssego em áreas quentes e quais ajustes fazem diferença no resultado:

Como fazer poda, floração e frutificação do pessegueiro em clima quente

A poda de formação e de frutificação é um ponto-chave no manejo do pessegueiro (Prunus persica) em regiões quentes. Costuma-se adotar sistemas de condução que favoreçam a entrada de luz no interior da copa, como a forma em taça ou vaso, permitindo melhor ventilação e redução da umidade entre os ramos.

Em áreas com invernos amenos, a poda de inverno continua importante, mas pode ser ajustada em intensidade e época para equilibrar crescimento vegetativo e produção de frutos. A desbrota de ramos em excesso e o raleio de frutos ajudam a regular a carga de produção, favorecendo frutos maiores, de melhor qualidade comercial e com menor estresse para a planta.

  • Poda de formação para definir a arquitetura da copa;
  • Poda de frutificação para renovar ramos produtivos;
  • Desbrota de ramos mal posicionados ou fracos;
  • Raleio de frutos para melhorar tamanho e padronização.

Quais são as principais pragas, doenças e práticas de manejo sustentável

O cultivo de pêssego em regiões quentes tende a conviver com maior pressão de pragas e doenças, devido às temperaturas elevadas e, muitas vezes, à alta umidade relativa. Insetos que atacam brotos e frutos, além de doenças que afetam folhas, flores e ramos, podem comprometer a produção se não houver monitoramento constante e manejo preventivo.

Um manejo sustentável inclui uso de armadilhas, monitoramento periódico, eliminação de frutos doentes no chão e manutenção do pomar limpo e bem arejado. A rotação de produtos no controle químico, aliada ao uso de produtos biológicos e ao incentivo de inimigos naturais, contribui para um agroecossistema equilibrado e para ciclos produtivos mais regulares, com frutos adequados ao mercado e ao consumo doméstico.

  • Monitorar pragas e doenças com inspeções frequentes;
  • Remover e descartar frutos e ramos doentes;
  • Usar armadilhas e controles biológicos sempre que possível;
  • Alternar ingredientes ativos no controle químico;
  • Manter o pomar limpo, com boa ventilação entre as plantas.
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