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Delegado baleado em megaoperação diz que criminoso se passou por policial antes de atirar

Ferido por tiro de fuzil, ele sobreviveu após 47 dias internado e perdeu a perna direita

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Delegado baleado em megaoperação no Rio diz que criminoso se passou por policial antes de atirar
Foto: Reprodução/TV Globo

O delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Bernardo Leal, baleado durante a megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, afirmou que o criminoso responsável pelo disparo utilizou uma “senha e contrassenha” da corporação para se passar por policial antes de atirar. O relato foi feito em entrevista exclusiva ao programa Fantástico, da TV Globo.

Segundo o delegado, o episódio aconteceu em meio a um confronto intenso, quando a equipe avançava por um beco estreito. O suspeito apareceu vestindo roupas semelhantes às dos policiais, com colete e vestimentas pretas.

“Quando a gente deu de cara com o beco, a gente teve que passar um labirinto. Um cara apareceu vestido com as mesmas vestimentas que a nossa, colete preto, roupa toda preta. A gente tinha uma senha e contrassenha, e aí ele falou a senha certa”, relatou.

De acordo com Bernardo, o uso correto do código de identificação fez com que ele acreditasse se tratar de um policial. “Como o confronto estava muito intenso, então durante os ataques, eles ouviram a senha e a contrassenha. Quando deu a contrassenha, fiquei mais tranquilo, corri para o lado. Quando corri para a direita, ele atirou na minha perna”, afirmou.

Ferimento grave e amputação

O delegado chegou ao hospital com apenas 3% de chance de sobrevivência, segundo os médicos. O tiro de fuzil atingiu a perna direita, provocando fratura no fêmur e rompendo a artéria e a veia femoral, o que causou uma hemorragia severa. Durante o atendimento, ele precisou receber 30 bolsas de sangue — o equivalente a uma troca completa do volume sanguíneo do corpo por três vezes.

Inicialmente, a amputação foi realizada abaixo do joelho, mas precisou avançar até a parte alta da coxa devido à falta de vascularização.

“Primeiro, feliz de estar vivo. Os médicos falavam: ‘Bernardo, é um milagre. Nunca vi alguém sobreviver a um tiro de fuzil assim’”, contou.

Após 47 dias internado, Bernardo Leal recebeu alta do Hospital Samaritano há cerca de uma semana. Ele agora inicia o processo de readaptação com o uso de prótese, que será custeada pelo governo do estado.

O delegado afirmou que pretende continuar atuando na Polícia Civil, mas não deve mais participar de operações nas ruas.

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