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Por que algumas pessoas falam com seus pets como se fossem humanos, segundo a psicologia

Seu pet não responde, mas sua mente entende

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Por que algumas pessoas falam com seus pets como se fossem humanos, segundo a psicologia
Conversar com o pet é um comportamento muito comum entre os donos de animais

Se você já se pegou falando com seus pets como se fossem humanos, saiba que isso é mais comum do que parece. Para a psicologia, essa forma carinhosa de conversa não é “loucura” nem infantilidade: muitas vezes, é um jeito natural do cérebro criar conexão, aliviar tensão e dar sentido ao que sentimos no dia a dia.

Por que algumas pessoas falam com seus pets como se fossem humanos?

A psicologia entende que conversar com animais de estimação pode funcionar como um “atalho” de proximidade. Quando a vida está corrida, quando falta companhia ou quando você só precisa desabafar, o pet vira um porto seguro que não julga e não interrompe.

Esse hábito costuma aparecer em momentos de cansaço emocional, mudanças importantes ou rotina solitária. O interessante é que, para muita gente, a fala vem junto de gestos, apelidos e até “diálogos”, como se o pet entendesse o roteiro do coração.

Para muitos, os pets são quase como um filho, sendo totalmente parte da família – Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi

O que é antropomorfização e por que o cérebro faz isso?

O nome desse fenômeno é antropomorfização, que é quando atribuímos intenções, emoções e traços humanos a um ser não humano. O cérebro faz isso porque é excelente em reconhecer padrões sociais: ele prefere interpretar sinais como “afeto” e “atenção” do que lidar com o vazio de não saber o que o outro sente.

Além disso, imaginar um pet “pensando” ou “respondendo” pode dar uma sensação de previsibilidade e segurança. Em outras palavras, a mente cria um jeito simples e emocionalmente confortável de traduzir comportamentos do animal.

Como a antropomorfização pode virar apoio emocional de verdade?

Em muitos casos, essa humanização funciona como apoio emocional. Falar em voz alta organiza pensamentos, reduz a sensação de peso e ajuda a nomear sentimentos. Quando o pet está por perto, a presença dele vira um convite para desacelerar e voltar para o agora.

🐾 Tradução emocional
Conversar com o pet ajuda a organizar pensamentos e dar nome ao que você sente, sem pressão.
🤝 Presença que acolhe
O pet vira companhia constante e gentil, reduzindo a sensação de isolamento no cotidiano.
🌿 Volta ao equilíbrio
A interação cria pausas de calma e ajuda a regular o humor quando o dia está pesado.
🧡 Ritual de vínculo
Apelidos, “conversas” e carinho viram rotina afetiva e fortalecem o laço com o animal.

Isso não significa que o pet substitui pessoas. Mas pode somar, e muito, quando o objetivo é cuidar da saúde mental com pequenas âncoras de afeto no cotidiano.

Como empatia e vínculo emocional se fortalecem com os pets?

Quando você conversa com seu animal, você treina olhar, atenção e sensibilidade. Esse processo fortalece empatia e aprofunda o vínculo emocional, porque cria rituais de cuidado e leitura de sinais, mesmo que não exista linguagem humana do outro lado.

Para enxergar isso com clareza, vale observar alguns sinais simples que costumam aparecer em quem cria essa conexão:

  • Você percebe mudanças pequenas no comportamento e reage com mais paciência e cuidado.
  • Você se sente mais presente, como se o pet “puxasse” sua atenção para o agora.
  • Você desenvolve um senso de responsabilidade afetiva e consistência na rotina.
  • Você expressa sentimentos com menos medo de julgamento, o que facilita se entender melhor.
  • Você cria micro momentos de carinho que aumentam a sensação de bem-estar ao longo do dia.

O canal Multiverso Animal fala, em seu TikTok, sobre esse comportamento muito comum entre os donos de gatos:

@multiverso.animal Você também conversa com seu gato? #gateiras ♬ som original – Multiverso Animal.

Quando falar com pets pode indicar algo a observar?

Na maioria das vezes, falar com o pet é saudável. O ponto de atenção é quando a pessoa passa a evitar relações humanas, fica presa em isolamento ou usa o animal como única forma de suporte, especialmente se houver sofrimento intenso por trás.

Se isso acontecer, pode ajudar pensar na teoria do apego: vínculos seguros expandem a vida, não encolhem. O ideal é que o pet seja um apoio que acompanha sua rotina, e não uma “ilha” que substitui todo o resto.

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