Entretenimento
Por que algumas pessoas falam com seus pets como se fossem humanos, segundo a psicologia
Seu pet não responde, mas sua mente entende
Se você já se pegou falando com seus pets como se fossem humanos, saiba que isso é mais comum do que parece. Para a psicologia, essa forma carinhosa de conversa não é “loucura” nem infantilidade: muitas vezes, é um jeito natural do cérebro criar conexão, aliviar tensão e dar sentido ao que sentimos no dia a dia.
Por que algumas pessoas falam com seus pets como se fossem humanos?
A psicologia entende que conversar com animais de estimação pode funcionar como um “atalho” de proximidade. Quando a vida está corrida, quando falta companhia ou quando você só precisa desabafar, o pet vira um porto seguro que não julga e não interrompe.
Esse hábito costuma aparecer em momentos de cansaço emocional, mudanças importantes ou rotina solitária. O interessante é que, para muita gente, a fala vem junto de gestos, apelidos e até “diálogos”, como se o pet entendesse o roteiro do coração.

O que é antropomorfização e por que o cérebro faz isso?
O nome desse fenômeno é antropomorfização, que é quando atribuímos intenções, emoções e traços humanos a um ser não humano. O cérebro faz isso porque é excelente em reconhecer padrões sociais: ele prefere interpretar sinais como “afeto” e “atenção” do que lidar com o vazio de não saber o que o outro sente.
Além disso, imaginar um pet “pensando” ou “respondendo” pode dar uma sensação de previsibilidade e segurança. Em outras palavras, a mente cria um jeito simples e emocionalmente confortável de traduzir comportamentos do animal.
Como a antropomorfização pode virar apoio emocional de verdade?
Em muitos casos, essa humanização funciona como apoio emocional. Falar em voz alta organiza pensamentos, reduz a sensação de peso e ajuda a nomear sentimentos. Quando o pet está por perto, a presença dele vira um convite para desacelerar e voltar para o agora.
Isso não significa que o pet substitui pessoas. Mas pode somar, e muito, quando o objetivo é cuidar da saúde mental com pequenas âncoras de afeto no cotidiano.
Como empatia e vínculo emocional se fortalecem com os pets?
Quando você conversa com seu animal, você treina olhar, atenção e sensibilidade. Esse processo fortalece empatia e aprofunda o vínculo emocional, porque cria rituais de cuidado e leitura de sinais, mesmo que não exista linguagem humana do outro lado.
Para enxergar isso com clareza, vale observar alguns sinais simples que costumam aparecer em quem cria essa conexão:
- Você percebe mudanças pequenas no comportamento e reage com mais paciência e cuidado.
- Você se sente mais presente, como se o pet “puxasse” sua atenção para o agora.
- Você desenvolve um senso de responsabilidade afetiva e consistência na rotina.
- Você expressa sentimentos com menos medo de julgamento, o que facilita se entender melhor.
- Você cria micro momentos de carinho que aumentam a sensação de bem-estar ao longo do dia.
O canal Multiverso Animal fala, em seu TikTok, sobre esse comportamento muito comum entre os donos de gatos:
@multiverso.animal Você também conversa com seu gato? #gateiras ♬ som original – Multiverso Animal.
Quando falar com pets pode indicar algo a observar?
Na maioria das vezes, falar com o pet é saudável. O ponto de atenção é quando a pessoa passa a evitar relações humanas, fica presa em isolamento ou usa o animal como única forma de suporte, especialmente se houver sofrimento intenso por trás.
Se isso acontecer, pode ajudar pensar na teoria do apego: vínculos seguros expandem a vida, não encolhem. O ideal é que o pet seja um apoio que acompanha sua rotina, e não uma “ilha” que substitui todo o resto.