Esses hábitos comuns no carro, como não usar o ar no inverno, podem causar danos ao sistema

Em muitos veículos, o ar-condicionado automotivo já faz parte da rotina diária, especialmente em cidades com temperaturas elevadas ao longo do ano. No entanto, nem sempre o sistema recebe a atenção necessária, e pequenos hábitos repetidos por meses ou anos podem acelerar o desgaste das peças, elevar o consumo de combustível e comprometer a qualidade do ar respirado no interior do carro.

Quais hábitos mais prejudicam o ar-condicionado do carro

Entre os principais hábitos que prejudicam o ar-condicionado do carro, alguns se destacam pela frequência com que são observados no trânsito. Ligar o sistema com o veículo extremamente quente, rodar com os vidros abertos, fumar dentro do carro e ignorar a limpeza dos filtros estão entre os comportamentos mais citados por profissionais de climatização automotiva.

Quando o carro fica horas sob sol intenso, o interior se transforma em uma espécie de estufa, exigindo esforço extra do sistema. Já os vidros abertos durante o uso da refrigeração quebram o equilíbrio da climatização, fazendo o ar frio se perder e aumentando o tempo de funcionamento e o consumo de energia do compressor e dos demais componentes.

Como o uso diário pode danificar o ar-condicionado automotivo

O uso cotidiano, quando feito sem alguns cuidados básicos, acelera o desgaste interno do sistema de climatização. Fumar dentro do veículo lança partículas e resíduos que se depositam nos dutos, no evaporador e no filtro de cabine, reduzindo o fluxo de ar, causando mau cheiro e diminuindo a eficiência térmica ao longo do tempo.

Outro hábito comum é ligar o ar-condicionado já na potência máxima assim que o motor é acionado, antes de atingir a temperatura ideal de trabalho. Ajustar gradualmente a ventilação e a temperatura reduz picos de esforço, especialmente em trajetos urbanos com anda e para constantes, prolongando a vida útil do compressor e das demais peças do sistema.

• Carro muito quente + ar ligado imediatamente: sobrecarga no compressor.
• Vidros abertos com ar ligado: maior consumo e perda de eficiência.
• Fumaça, pelos e poeira: filtros sujos e ar interno de qualidade inferior.
• Potência máxima desde o início: esforço desnecessário em todas as peças do sistema.

De que forma hábitos ruins podem afetar a saúde dos ocupantes

A relação entre hábitos que prejudicam o ar-condicionado do carro e a saúde dos ocupantes é direta e muitas vezes subestimada. Filtros de cabine saturados, dutos sujos e presença de umidade favorecem o acúmulo de fungos, bactérias e ácaros, que podem agravar alergias, irritar olhos e vias respiratórias e causar desconfortos em pessoas sensíveis.

Manter o sistema desligado durante todo o inverno também contribui para esse cenário, pois aumenta o risco de ressecamento de vedações e acúmulo de umidade nos dutos. Acionar o ar-condicionado por alguns minutos, mesmo nos dias frios, ajuda a movimentar o gás refrigerante, reduzir a proliferação de microrganismos e preservar a estanqueidade do sistema.

• Substituir o filtro do ar-condicionado dentro o prazo indicado no manual do veículo.
• Realizar higienizações periódicas dos dutos e do evaporador com produtos adequados.
• Evitar fumar no interior do carro para reduzir odores e resíduos no sistema.
• Usar capas para transporte de animais e aspirar o interior com frequência.

Como aumentar a vida útil do ar-condicionado do carro

Prolongar a durabilidade da climatização automotiva exige pequenas ações alinhadas às orientações do fabricante. Uma prática recomendada é ventilar o veículo por alguns minutos antes de ligar o ar, principalmente em dias muito quentes, abrindo portas ou janelas para reduzir rapidamente a temperatura interna e facilitar o trabalho do sistema.

Outro ponto importante é investir em manutenção preventiva, verificando periodicamente o nível do gás refrigerante, possíveis vazamentos, o estado das correias e a limpeza dos componentes internos. Sinais como ruídos diferentes, queda na refrigeração e odores persistentes pedem avaliação em oficina especializada, com testes de pressão, checagem do condensador e análise eletrônica dos comandos.

• Seguir o plano de revisões previsto no manual do veículo.
• Acionar o ar-condicionado por alguns minutos também em dias frios.
• Evitar uso desnecessário da recirculação por longos períodos em ambientes úmidos.
• Buscar assistência especializada diante de qualquer alteração perceptível no funcionamento.

Com pequenas mudanças na rotina, os hábitos que prejudicam o ar-condicionado do carro podem ser substituídos por práticas mais adequadas, resultando em maior eficiência, menor desgaste de peças, economia de combustível e um ambiente interno mais limpo e confortável ao longo do ano.