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Coronavírus

Fiocruz apresenta estudo sobre a presença do novo coronavírus em esgotos

Objetivo do estudo é acompanhar o comportamento da disseminação do vírus ao longo da pandemia de Covid-19.

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(Foto: Reprodução / Fiocruz)

(Foto: Reprodução / Fiocruz)

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a prefeitura de Niterói, iniciaram um estudo nesta terça-feira (28) para verificar a presença de material genético do novo coronavírus em amostras do sistema de esgotos da cidade. O objetivo é acompanhar o comportamento da disseminação do vírus ao longo da pandemia de Covid-19.

Na primeira análise, realizada há 15 dias, o vírus foi encontrado em cinco das 12 localidades testadas. Entre os benefícios da descoberta, novas pesquisas permitirão, por exemplo, uma vigilância maior em áreas com incidência da doença mesmo com pessoas que não apresentem os sintomas e ainda não foram testadas.

Os especialistas da Fiocruz se apoiam em evidências científicas de que o novo coronavírus está presente nas fezes. Assim, a investigação na rede de esgoto sanitário da presença do material genético pode fornecer informações de casos positivos, incluindo assintomáticos e subnotificados no sistema de saúde.

O monitoramento da circulação do novo coronavírus durante a epidemia subsidiará informações para a vigilância em saúde, permitindo otimizar o uso dos recursos disponíveis e fortalecer medidas de profilaxia na área, uma vez que a investigação sistemática da presença do material genético do vírus na rede de esgotos sanitários pode fornecer um retrato da presença de casos positivos em determinada localidade, incluindo assintomáticos e subnotificados no sistema de saúde. Este estudo confirma a importância da vigilância baseada em águas residuárias como uma abordagem promissora para entender a ocorrência do vírus em uma determinada região geográfica, assim como a inserção da Virologia Ambiental nas Políticas Públicas de Saúde”, explica a pesquisadora Marize Pereira Miagostovich, chefe do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental do IOC/Fiocruz e responsável pela pesquisa.

A virologista ressalta que até o momento não existem evidências científicas sobre a possibilidade de transmissão do novo coronavírus pelas fezes.

“Nossas análises detectam a presença de fragmentos de material genético do vírus, indicando que existe presença de casos positivos em determinada localidade. Porém, ainda não há evidências na literatura científica de que, quando excretado nas fezes, o vírus ainda esteja viável para infectar outras pessoas”, esclarece. Até o momento, a via respiratória é o principal modo de transmissão, através de gotículas respiratórias geradas pela tosse ou espirros.

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