Em forma de protesto, jogadores e comissão técnica do Botafogo adotam lei do silêncio

Jogadores do Botafogo. (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

Por conta dos atrasos salariais, jogadores e membros da comissão técnica do Botafogo decidiram não conceder entrevistas coletivas ou exclusivas até que o problema seja solucionado. O mesmo movimento foi feito em 2019. Uma carta foi enviada ao site “GE”. Confira:

“Em virtude de acordos não cumpridos e atrasos salariais, nós, atletas e comissão técnica, comunicamos que não concederemos entrevistas até uma solução definitiva. Esperamos uma solução da diretoria sobre o ocorrido e não descartamos outras medidas até o fim de semana. A instituição Botafogo e sua Gloriosa torcida, nossa gratidão por todo apoio que tem nos passado. Nosso empenho e dedicação máxima será sempre por vocês.
Elenco do Botafogo.”

Existe hoje um atrasado de dois meses no pagamento dos direitos de imagem e a diferença de quem ganha acima de 60 salários mínimos. O clube possui atualmente acordo com a justiça para manter vencimentos em dia, limitado a 60 salários mínimos por funcionário. A folha só será quitada integralmente caso a diretoria tenha dinheiro por fora em caixa. Com essa limitação, a pendência mensal é de quase R$ 1 milhão. A folha total do clube é de R$ 3,5 milhões, as despesas do futebol são entre R$ 2 e R$2,5 milhões. O Glorioso tem a garantia até dezembro de pagamento dentro desse acordo que envolve o SINDECLUBES e o Ministério Público-RJ.

A diretoria recebeu a manifestação com naturalidade e está em busca de dinheiro para solucionar o problema. O clube aguarda em breve a liberação de nova verba na justiça para quitar a pendência existente.