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Em coletiva de apresentação, Luís Castro fala sobre expectativas no Botafogo: “Quero paz e tempo para fazer esse projeto de construção”

Técnico português já treinou o time na manhã desta terça-feira (29)

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Luís Castro
(Foto: Vítor Silva/Botafogo)
Luís Castro

(Foto: Vítor Silva/Botafogo)

O Botafogo apresentou oficialmente, na tarde desta terça-feira (29), no Estádio Nilton Santos, o técnico Luís Castro, de 60 anos, que estava no Al Duhail, do Catar. Em entrevista coletiva, o português, com vínculo firmado até o final de 2024, demonstrou estar feliz de vir ao Brasil e aceitar o convite feito pelo clube, em decisão liderada pelo empresário norte-americano John Textor, detentor da Sociedade Anônima de Futebol (SAF). O treinador, inclusive, antes de falar diretamente com a imprensa, comandou o primeiro treino com os jogadores, de olho na estreia da equipe no Campeonato Brasileiro, contra o Corinthians, no dia 9 ou 10 de abril, em casa. Durante a conversa com os jornalistas, o profissional falou sobre as expectativas para a temporada e afirmou ser importante levar em consideração a situação dos concorrentes nas competições nacionais.

“Normalmente, quando traçamos objetivos de uma temporada, fazemos de uma forma bastante otimista para animar todos que nos envolvem. E, muitas vezes, não temos em conta o que envolve outras equipes. Para lançar o que pensamos para o ano, temos que levar em contas as outras equipes também. Eles também querem o campeonato. Vamos iniciar um projeto de construção que leva mais ou menos tempo do que nossa equipe pode fazer. Temos alguns jogadores que ainda poderão entrar e sair. Em relação a isso, quando estiver perto do fim da janela, posso falar melhor. Queria paz para fazer essa construção. Não é um projeto de um ano, mas de algum tempo. Os resultados é que compram tempo e espero que os resultados nos ajudam a comprar esse tempo. Espero que consigamos apresentar um bom futebol”, comentou o lusitano.

Luís Castro também falou acerca da reconstrução de filosofia de jogo do Botafogo em 2022, em comparação às últimas edições do Brasileirão, e destacou que o suporte simultâneo entre diretoria e torcedores é fundamental para alcançar o êxito. “Sobre nosso plantel, que é decisivo para ter sucesso, está sendo construindo e de forma dificílima. Estamos tentando jogadores, mas que os clubes não liberam. A essa altura do mais à frente, teremos estrutura e um time melhor, só que não temos esse tempo agora. Nosso grande desafio é rentabilizar o que temos. Por isso conto com o apoio dos líderes de departamento e também da torcida para fazermos do Botafogo cada vez maior e melhor. A energia é decisiva”, completou. O português fez questão de frisar, além disso, que a comunicação interna não pode apresentar ruídos, a fim de evitar problemas e maus resultados nos campeonatos do calendário do Glorioso.

O técnico não deixou de falar dos títulos de outros treinadores compatriotas que passaram ou ainda estão atuando no futebol no futebol nacional, como Abel Ferreira, pelo Palmeiras, e Jorge Jesus, no Flamengo. “Ganhar campeonatos e ter sucesso no futebol não pertence a um país. A globalização permite que possamos trabalhar em vários lugares. Fico feliz que Jesus e Abel tenham sucesso aqui. Mas nós apreciamos a forma que as equipes jogam e se manifestam. Gosto tanto quando um treinador brasileiro e um português ganham. Eu fui treinado por Paulo Autuori e Marinho Peres, que tanto me ensinaram. Não tenho mais ou menos responsabilidades porque outros colegas portugueses foram bem. Minha consciência exige o máximo de todos”, enfatizou. Em relação à vitória por 2 a 1 em cima do Fluminense, mas que acabou custando a eliminação na semifinal do Carioca, o comandante disse ter parabenizado o grupo e o interino Lúcio Flávio pelo desempenho, pela compactação da formação e, principalmente, pela postura ofensiva diante do rival.

John Textor também marcou presença na entrevista coletiva desta terça (29) e destrinchou alguns pontos relevantes acerca do departamento de futebol do Alvinegro. O empresário norte-americano revelou que haverá novidades em aproximadamente um mês sobre o novo fornecedor de material esportivo e que o time B do Glorioso começará a ser formulado de imediato, com a chegada de um comandante específico. A ideia para 2023 é que o elenco principal realize uma excursão pela Europa no início ano, enquanto o alternativo represente e entre em campo no Estadual. O milionário chegou a declarar que mais três jogadores serão acertados para reforçar o grupo de Luís Castro até o encerramento da primeira janela de transferências – 12 de abril.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de apresentação de Luís Castro no Botafogo:

Desafio de vir

“Primeiro dia é sempre um dia diferente, de muita comunicação interna. É com muita felicidade, me sinto muito feliz por representar o Botafogo. É verdade que é um desafio difícil, que temos muitas dificuldades estruturais, temos algumas dificuldades em questão de treino. O que senti é que havia muita vontade de melhorar e trabalhar. Para mim, o trabalho é muito mais importante do que o talento. Acho que o Botafogo há muita gente com talento e com trabalho. Isso facilita mais as coisas. Escolhi o Botafogo e realmente tive outros convites, mas escolhi o Botafogo, escolhi estar aqui. Vamos falar das razões mais à frente, mas foi uma escolha consciente. Acredito muito no projeto e no que Textor quer para o projeto. Acredito nos torcedores e nas pessoas envolvidas no projeto. Sou uma pessoa de convicções”

Representação do Botafogo

“Muito, de verdade. Se conseguirmos colocar o Botafogo novamente no caminho do sucesso, é uma marca que ficará muito forte. Chegar no Porto e ser campeão no time B foi mais um treinador a ser campeão. Mesma coisa no Shakhtar e no Al Duhail. Agora, chegar ao Botafogo e conseguir estar nessa família, que quer construir e colocar o clube no caminho, é uma marca diferente. Isso foi decisivo para a minha decisão. Estar num clube que teve Garrincha, Jairzinho… aqueles jogadores que vimos como menino. Não foi uma escolha difícil. Foi consciente e acertada. Faz me lembrar do tempo que estive no Porto e aproveitar jogadores da base para transformá-los em jogadores de grande nível. O futebol é muito perigoso. Daqui a um mês pode acontecer de me perguntarem se tenho apoio e capacidade para continuar. A resposta será sempre que sim. A torcida no último jogo foi fantástica. A paixão que os torcedores tiveram estava ali, dava para sentir. Aquilo é ter paixão, ver como eles estavam animados com o que a equipe fez porque o ser humano reconhece a dedicação e o trabalho dos outros, de forma pura. E essa pureza eu vi ali. De gostar porque gosta, é o clube, a paixão. Por tudo isso é uma escolha certa”

Estilo de jogo

“Quando falamos de princípios ofensivos e defensivos, muitas vezes misturamos com esquema tática. Queremos uma construção a partir de trás, chegar junto na frente, ter uma pressão pós-perda e não perder o equilíbrio. Normalmente as equipes ofensivas perdem o equilíbrio defensivo. A alternância de esquemas ao longo do jogo nos permite provocar surpresas ao adversário, que pode não ter isso. Cada vez mais estudamos o adversário e eles nos estuda. Isso não tem a ver com os princípios”

Time B

“Acredito em contextos favoráveis ao desenvolvimento. E 40 jogadores para trabalhar treino a treino não é o ideal. O time B fará com que coloquemos os jogadores para render e se render irem para a equipe A. Isso não quer dizer que o jogador do time B não tenha qualidade. O futebol de formação é muito difícil. Quando pensamos que o jogador está formado, dá um passo errado e perde-se uma carreira. Na equipe B terá atenção do treinador. Este equilíbrio entre ganhar e desenvolver é da parte mais complexa do futebol. Quando Cristiano Ronaldo chegou ao Manchester, via-se muitas vezes ele jogar bem e Ferguson o colocava no banco”

Enxugar o elenco

“É impossível trabalhar no futebol com 40 jogadores. O número que eu solicitei à direção foi 27 jogadores de linha, mais três goleiros: 30 jogadores no máximo. Isso porque o Brasileirão tem muitos jogos, na Copa do Brasil nós esperamos avançar… Isso vai nos criar dificuldades pelo número de jogos. Esse é o número mais equilibrado para caminharmos. Tendo a equipe B, podemos ir lá e buscar alguns jogadores”

Técnicos europeus trabalhando no Brasil

“Globalização foi o que mudou. Antes, meu mundo era minha aldeia. Depois passou a ser minha cidade, meu país e agora é todo o planeta. Trabalhar no Brasil sempre foi uma meta minha, porque lembro de Falcão, Jairzinho, Pelé e minha seleção não estava em alguns mundiais. Aqui é de onde saem os melhores jogadores do mundo. É sempre uma paixão representar o Botafogo e estar no futebol brasileiro”

 

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