Cirurgias ao som de rock podem ser mais eficientes

De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, ouvir composições da banda AC/DC durante cirurgias melhorou a eficiência e a precisão dos cirurgiões. Porém, quando os médicos escutaram as músicas dos Beatles, observaram que a banda britânica proporcionou uma redução no tempo gasto na hora de dar os pontos cirúrgicos.

É claro que escutar uma boa música relaxa o corpo e a mente. No entanto, existem lugares em que ela não parece ser uma boa alternativa. Em cirurgias, o uso de música é um tanto inusitado, porém em situações como partos, por exemplo, isso já está se tornando comum. A música realmente tem o poder de melhorar o desempenho das pessoas em determinadas atividades? Para a médica e psiquiatra Roberta França, ela pode ter um efeito muito positivo.

“Na doença de Alzheimer, por exemplo, onde há a perda da memória como principal efeito, a memória musical é a única que ela não consegue apagar. Ou seja, as músicas que estão na memória afetiva do paciente são reconhecidas por ele até o final da vida. E isso serve para todos nós. A memória afetiva de uma música é muito positiva. As ferramentas que usam a música para tranquilizar o paciente são muito positivas. E porque não transferir isso para os profissionais de saúde ou outros profissionais?”, questiona.

Roberta França, médica e psiquiatra (Foto: Divulgação)

A música relaxa, traz sensação de bem estar. É muito difícil uma pessoa não reagir bem a uma música que ela gosta. Um lugar de cirurgia, num ambiente hospitalar, onde a doença é uma constante, o estresse emocional e físico que os profissionais vivem é muito grande. Segundo Roberta, a ideia da música como ferramenta da redução do nível de estresse é muito importante. “É uma ferramenta que faz com que esse estresse constante seja reduzido para que os profissionais trabalhem de forma mais tranquila e segura para eles. Essas pesquisas mostram cada vez mais o quanto a música traz benefícios para as pessoas. Claro que há exceções, mas todo mundo tem uma música pelo menos que traz boas sensações”, afirma.