Deixar o motor com óleo vencido parece inofensivo, mas pode custar caro demais - Super Rádio Tupi
Conecte-se conosco
x

Automobilismo

Deixar o motor com óleo vencido parece inofensivo, mas pode custar caro demais

Trocar o óleo fora do prazo pode ser fatal para o motor

Publicado

em

Compartilhe
google-news-logo
Deixar o motor com óleo vencido parece inofensivo, mas pode custar caro demais
A troca de óleo é um dos principais cuidados de manutenção preventiva de um veículo - Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi

A troca de óleo do motor é um dos serviços de manutenção mais importantes em qualquer veículo, mas também um dos mais cercados de dúvidas. Entender como o lubrificante trabalha dentro do motor, quais são os limites previstos pelo fabricante e de que forma o uso diário do carro interfere nesses limites é essencial para evitar danos ao conjunto mecânico.

O que acontece quando se atrasa demais a troca de óleo?

O óleo lubrificante reduz atrito, ajuda a refrigerar componentes internos, evita corrosão e mantém impurezas em suspensão. Com o tempo, ele perde viscosidade, acumula sujeira e sofre oxidação, reduzindo gradualmente sua capacidade de proteger o motor.

Quando a troca é adiada em excesso, o motor passa a trabalhar com lubrificação comprometida, aumentando o desgaste de peças, ruídos e risco de falhas graves. Em casos extremos, pode ocorrer travamento de componentes internos, formação intensa de borra e necessidade de retífica completa.

Deixar o motor com óleo vencido parece inofensivo, mas pode custar caro demais
Troca de óleo do motor é um dos serviços de manutenção mais importantes – Créditos: (depositphotos.com / AndrewLozovyi)

Em quais situações atrasar a troca de óleo estraga o motor?

Em condições normais de uso, com combustível de boa qualidade, motor em bom estado e sem uso severo intenso, um atraso pequeno e eventual (cerca de 500 a, no máximo, 1.000 km) tende a ser menos crítico. Ainda assim, o nível deve estar correto e o óleo não pode apresentar sinais visíveis de degradação.

O quadro muda quando o veículo roda sistematicamente em regime de uso severo, no qual o óleo trabalha mais aquecido, acumula mais resíduos e envelhece muito mais rápido. Nessas situações, atrasar a troca aumenta significativamente o risco de borra, desgaste prematuro e obstrução de dutos de lubrificação.

Quais condições caracterizam uso severo do veículo?

Alguns tipos de utilização exigem muito mais do sistema de lubrificação e antecipam o desgaste do óleo, tornando qualquer atraso mais perigoso para o motor. Nesses casos, o próprio intervalo padrão de troca já funciona como limite máximo recomendado.

  • Trânsito intenso, com anda e para constante;
  • Rodagem frequente em estradas de terra ou locais muito empoeirados;
  • Muitas subidas, reboque ou transporte de carga constante;
  • Viagens curtas, em que o motor não atinge temperatura ideal por muito tempo.

Quais cuidados tomar se for realmente necessário atrasar a troca de óleo?

Quando não houver alternativa e for necessário estender levemente a quilometragem entre trocas, alguns cuidados ajudam a reduzir riscos. O primeiro é a verificação periódica do nível de óleo na vareta, pois rodar abaixo do mínimo é muito mais prejudicial do que um pequeno atraso na quilometragem.

Além do nível, é importante observar o aspecto do lubrificante e completar apenas com óleo da mesma especificação, se preciso. Óleo extremamente escuro e espesso, muito ralo, com aparência aquosa ou odor forte de combustível/queimado indica que a troca não deve ser adiada e deve ser feita na primeira oportunidade.

Como definir o melhor intervalo de troca de óleo para cada carro?

O manual do proprietário é a principal referência para definir o intervalo adequado de troca de óleo, indicando viscosidade correta, especificações (como API e ACEA) e quilometragem ou tempo de uso recomendados. Muitos modelos trazem tabelas específicas para uso normal e uso severo, com prazos menores para quem roda em condições mais pesadas.

Veículos modernos, com injeção direta, turbocompressor e sistemas de emissões complexos, tendem a exigir lubrificantes de maior qualidade e intervalos mais rígidos. Já em carros mais antigos ou com manutenção irregular, é prudente adotar intervalos mais conservadores e, quando possível, fazer inspeções visuais internas para verificar presença de borra.

Quais boas práticas ajudam a prolongar a vida útil do motor?

Para que a troca de óleo cumpra seu papel de proteção, a manutenção precisa ser encarada como rotina planejada, e não apenas como reparo emergencial. Algumas práticas simples contribuem diretamente para a durabilidade do motor e para reduzir o impacto de pequenos atrasos pontuais.

  • Respeitar a especificação de óleo indicada no manual, sem improvisar viscosidades.
  • Trocar o filtro de óleo em todas as trocas, evitando que impurezas retornem ao sistema.
  • Observar quilometragem e tempo de uso, seguindo o que ocorrer primeiro.
  • Registrar as trocas, facilitando o controle e evitando esquecimentos.
  • Adequar o intervalo ao tipo de uso: quanto mais severas as condições, mais cauteloso deve ser o prazo.
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *