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Automobilismo

Fim da ansiedade de alcance? Carros elétricos com 2.000 km de autonomia

Modelos como o BYD Seal DM-i e Song Plus prometem revolucionar a mobilidade elétrica com tecnologias avançadas e maior alcance.​

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Bateria de carro elétrico vicia? Os mitos e verdades
Recarregando as baterias - Créditos: depositphotos.com / BiancoBlue

Nos últimos anos, a indústria automotiva tem observado um crescente interesse nas baterias de estado sólido, uma tecnologia que promete revolucionar o mercado de veículos elétricos. A China, mais uma vez, se destaca na corrida por inovações tecnológicas, com empresas como a SAIC liderando o desenvolvimento de soluções avançadas. A IM Motors, uma submarca da SAIC, lançou o IM L6 EV, um sedã elétrico que demonstra o potencial das baterias de estado semissólido, alcançando uma autonomia impressionante de 1.002 km no ciclo CLTC.

O diferencial das baterias de estado sólido está na sua alta densidade energética, que permite armazenar mais energia em um espaço menor. O IM L6, por exemplo, armazena 123,7 kWh de energia elétrica, superando modelos como o Mercedes-Benz EQS 450. Essa tecnologia não só aumenta a autonomia dos veículos, mas também promete tornar os carros elétricos mais leves e eficientes.

Quais são os desafios das baterias de estado sólido?

Apesar das vantagens, a implementação das baterias de estado sólido enfrenta desafios significativos. O CEO da Factorial, uma empresa parceira da Mercedes, destaca que o principal obstáculo é a redução dos custos de produção sem comprometer a segurança e a confiabilidade. A complexidade está em equilibrar a alta densidade de energia com a vida útil do ciclo, o carregamento rápido e a segurança, especialmente em baterias de tamanho automotivo.

O que você precisa saber sobre carros elétricos (mitos e verdades)
Carro elétrico – Créditos: depositphotos.com / JaCrispy

Outro desafio é a escalabilidade da produção. As baterias de estado sólido ainda são caras para fabricar em larga escala, o que limita sua aplicação a modelos de luxo ou de alto desempenho. No entanto, à medida que a tecnologia avança, espera-se que os custos diminuam, tornando essas baterias mais acessíveis para o mercado de massa.

O futuro das baterias de estado sólido: 2.000 km de autonomia?

A Chery, uma das principais montadoras chinesas, tem planos ambiciosos para as baterias de estado sólido. A empresa pretende lançar, em 2026, modelos equipados com baterias que prometem uma densidade energética de cerca de 600 Wh/kg. Isso abriria a possibilidade de veículos elétricos que poderiam percorrer até 2.000 km sem recarga, uma marca impressionante que transformaria a experiência de dirigir carros elétricos.

Se esses objetivos forem alcançados, a autonomia dos veículos elétricos superaria a dos carros a combustão, eliminando uma das principais barreiras para a adoção em massa de veículos elétricos. Além disso, a redução no tempo de recarga e o aumento da segurança seriam fatores decisivos para convencer mais consumidores a fazer a transição para a mobilidade elétrica.

O impacto das baterias de estado sólido no mercado automotivo

Com a evolução das baterias de estado sólido, o mercado automotivo está à beira de uma transformação significativa. A capacidade de oferecer maior autonomia, segurança e eficiência energética pode redefinir o que os consumidores esperam de um veículo elétrico. Além disso, a redução dos custos de produção e a melhoria na infraestrutura de recarga são passos essenciais para a popularização dessa tecnologia.

À medida que mais empresas investem em pesquisa e desenvolvimento, a expectativa é que as baterias de estado sólido se tornem o padrão na indústria automotiva. Essa transição não apenas beneficiará os consumidores, mas também contribuirá para a redução das emissões de carbono, alinhando-se com os objetivos globais de sustentabilidade.