Maranhão sai na frente com a CNH mais econômica do Brasil

O processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Brasil é marcado por uma ampla variação de custos entre os estados. Essa diferença de valores pode impactar significativamente a acessibilidade ao documento, essencial para a mobilidade e oportunidades de trabalho. Recentemente, um levantamento revelou que os preços cobrados pelos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) podem variar em mais de R$ 2.300, destacando disparidades regionais significativas.

No Maranhão, o custo para obter a CNH é o mais baixo do país, com um valor de R$ 331,97. Em contraste, o Rio Grande do Sul apresenta o valor mais elevado, chegando a R$ 2.711,91, devido à inclusão dos custos do Centro de Formação de Condutores (CFC) no pacote do Detran. Essa diferença acentuada levanta questões sobre a equidade no acesso à habilitação em diferentes partes do Brasil.

Por que a CNH é importante além da condução?

A CNH não é apenas uma permissão para dirigir; ela representa um passo importante para a inclusão social e econômica. Com a habilitação, os indivíduos ganham autonomia, podendo se deslocar sem depender de transporte público ou de terceiros. Além disso, muitas oportunidades de emprego exigem ou valorizam candidatos que possuam a CNH, especialmente em setores como logística e transporte.

Ter uma CNH também oferece flexibilidade para aceitar empregos em locais ou horários que não são bem atendidos pelo transporte público. Além disso, dirigir sem habilitação é ilegal e pode resultar em multas e outras penalidades, tornando a CNH uma necessidade para a segurança jurídica dos motoristas.

Quais são os desafios enfrentados para obter a Carteira Nacional de Habilitação?

Apesar dos benefícios, obter a CNH pode ser um desafio para muitos brasileiros, principalmente devido aos custos envolvidos. Em algumas regiões, o preço elevado pode ser uma barreira significativa, limitando o acesso de muitos ao documento. Além disso, há custos adicionais associados, como taxas para refazer exames ou cursos obrigatórios, que podem tornar o processo ainda mais caro.

Essas barreiras econômicas são particularmente evidentes entre os proprietários de motocicletas, muitos dos quais não possuem a habilitação adequada. Isso evidencia a necessidade de políticas que tornem a CNH mais acessível a todos, promovendo a inclusão e a mobilidade em todo o país.

Ranking dos custos da CNH por estado

O levantamento dos valores cobrados pelos Detrans para a primeira habilitação na categoria B, sem considerar a repetição de exames, apresenta o seguinte ranking:

1. Maranhão: R$ 331,97
2. Santa Catarina: R$ 322,98
3. Paraíba: R$ 362,70
4. Tocantins: R$ 363,21
5. Rio Grande do Norte: R$ 399,00
6. Rio de Janeiro: R$ 401,82
7. Paraná: R$ 404,74
8. Ceará: R$ 414,15
9. Amazonas: R$ 445,91
10. Sergipe: R$ 468,94
11. Rondônia: R$ 469,41
12. Pernambuco: R$ 474,83
13. São Paulo: R$ 499,67
14. Espírito Santo: R$ 509,49
15. Acre: R$ 554,44
16. Alagoas: R$ 557,01
17. Mato Grosso: R$ 584,48
18. Minas Gerais: R$ 614,78
19. Goiás: R$ 628,90
20. Pará: R$ 854,64
21. Amapá: R$ 1.001,56
22. Rio Grande do Sul: R$ 2.711,91

Quatro estados não divulgaram seus valores: Roraima, Bahia, Mato Grosso do Sul e Piauí. A variação nos custos destaca a necessidade de políticas públicas que visem tornar a CNH mais acessível, garantindo que todos os brasileiros tenham a oportunidade de se beneficiar das vantagens que a habilitação oferece.